Trinta toneladas de lixo acumuladas. Esse foi o quantitativo total dos resíduos retirados da casa da aposentada Minervina dos Santos, moradora do bairro Rio Novo e guardava o material na própria residência sob a alegação de que era catadora. Iniciada há uma semana, a operação para limpeza do local foi concluída nesta quarta-feira (16) pela Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), que deu fim a um problema antigo que incomodava os moradores da região em decorrência da proliferação de mosquitos, roedores e animais peçonhentos.
Segundo explicou Carlos Tavares, coordenador de fiscalização da Slum, o trabalho foi além do que havia sido planejado após a primeira visita à residência no Rio Novo. Ele lembrou que inicialmente a expectativa era de cinco toneladas de lixo. No entanto, quando as equipes realizaram os serviços no interior da casa, o quantitativo foi bastante superior, visto que os resíduos estavam amontoados do piso ao teto do imóvel, em todos os cômodos. Isso levou Minervina a improvisar um local para dormir no quintal da propriedade, onde outro montante de lixo estava acumulado.
“Nunca encontramos casos como este, quando essa quantidade de lixo dentro de uma casa. Foi uma situação que exigiu uma intervenção imediata, já que os resíduos vinham sendo acumulados há quase quatro anos. Precisamos que a população denuncie situações como esta para que, junto a outros órgãos da Prefeitura de Maceió, possamos resolver e evitar problemas de saúde pública e danos sanitários. Recebemos denúncias de situações semelhantes, talvez com uma quantidade menor de lixo, e estamos adotando as devidas providências para realizar o mesmo trabalho realizado no Rio Novo”, comentou Tavares.
Para a operação no Rio Novo, a Slum contou com a colaboração de técnicos da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma), da Coordenação Municipal de Defesa Civil (Comdec) e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), além do suporte de uma guarnição do Batalhão Ambiental da Polícia Militar de Alagoas. Durante os serviços, as equipes encontraram animais dentro da casa, a exemplo de cobra coral, escorpiões e ratos, além de ter sido identificado focos do mosquito aedes aegypti.
Sobre as denúncias, o coordenador de fiscalização adiantou que educadoras ambientais da Slum encontraram uma casa no bairro Vergel que está fechada e, no interior, os cômodos estão repletos de lixo. Segundo os moradores, o proprietário não reside no local e o utiliza apenas para acumular os resíduos. Tavares explicou que a Superintendência já deu início aos trâmites legais para realizar uma operação na residência nas próximas semanas,