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Saúde íntima feminina requer cuidados especiais no verão

Ilustração

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As mulheres já sabem que, na estação mais quente do ano, alguns cuidados com a saúde precisam ser redobrados. Protetor solar é essencial para proteger a pele dos raios UVA e UVB. Também não pode faltar a hidratação extra nos cabelos para que os fios aguentem o cloro da piscina e o sal do mar sem perder o brilho. Porém, muitas vezes, elas se esquecem de cuidar de uma parte do corpo que fica mais escondida, mas que sofre um grande impacto pela alteração climática: a região íntima.

“A região genital é colonizada por vários microrganismos, como fungos, bactérias e protozoários. Esses microrganismos vivem em harmonia, mas com o aumento da temperatura no verão, há uma desestabilização na temperatura corporal e pH vaginal que pode causar problemas ginecológicos, como o corrimento. O mais frequente é causado por um fungo chamado candida albicans, que provoca coceira local e uma secreção vaginal tipo nata de leite”, revela o ginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Fabio Sakae Kuteken.

“Para prevenir os problemas ginecológicos no verão, as mulheres devem usar roupas íntimas que proporcionem uma maior troca de calor, como calcinhas de algodão. Se for à piscina ou mar, é preciso trocar as roupas molhadas o mais breve possível. Na hora do banho, é preciso utilizar sabonetes apropriados para manter o pH vaginal. A depilação íntima não deve ser feita com lâmina, pois ela tira a proteção da pele e propicia a entra de bactérias da pele nos folículos pilosos, levando a famosa foliculite. Ao perceber qualquer alteração na região íntima, é preciso procurar um médico para obter o diagnóstico correto”, alerta o especialista.