Após horas de atraso, governador quebra o protocolo e não fala com a imprensa na chegada.
Um ano, esse foi o período que durou a reforma da Maternidade Escola Santa Mônica, única maternidade de Alagoas que atende gestantes de alto risco. A cerimônia contou com a presença do ministro da saúde Marcelo Castro, do governador Renan Filho (PMDB/AL), além de outras autoridades políticas. Mas a presença que se destacou foi a de manifestantes na porta da unidade de saúde questionando a ‘reabertura’.
Membros dos Conselhos Estadual de Saúde, Regional de Psicologia, de Assistência Social e também de Terapia Ocupacional alegam que a reinauguração da unidade está sendo feita antes do tempo devido. Na versão dos manifestantes, somente a obra foi finalizada, mas os aparelhos ainda não foram testados, o que deve acontecer somente no dia 28 de fevereiro, quando a maternidade será, de fato, reaberta.
Caso semelhante foi questionado no ano passado, quando o governador Renan Filho inaugurou algumas alas, antes do fim da reforma. Os conselhos questionaram o risco que uma unidade em obras poderia trazer para os bebês e as parturientes e a unidade acabou sendo totalmente fechada logo depois de um dia chuvoso, como o de hoje, em que a água caía pelo forro da unidade.
A chuva também atrasou a inauguração de hoje. Uma tenda montada para a cerimônia desabou parcialmente e o Corpo de Bombeiros precisou ser acionado para colocar a lona no lugar.
Manifestantes
Francisco Mota, diretor da Central Única de Trabalhadores (CUT), alegou que aparelhos como raio x e ultrassom ainda não foram testados e que apresentariam riscos aos pacientes no caso de não teste. Ainda segundo ele, a reinauguração só deve acontecer, de fato, no dia 28 de janeiro, quando bebês e parturientes devem ser atendidos na unidade.
O atendimento na Santa Mônica será restrito a parturientes encaminhadas pelo Complexo Regulador (CORA). As parturientes deverão procurar outras maternidades primeiro e – se comprovado o alto risco – a maternidade, por meio do Cora, deverá receber estas pacientes.
Reforma
Após a reforma, a unidade dobrou o número de leitos de UTIs e UCIs. O número cresceu de 26 para 52. A unidade também deverá contar com 48 vagas para gestantes de alto risco, 10 cangurus e seis pré-partos.
Atraso
Após horas de atraso, o governador quebrou o protocolo e não falou com a imprensa na chegada. A fala deverá ficar para o final, depois que a comitiva visitar as instalações da unidade.