IMA e Adeal lacram matadouro público de Santana do Mundaú por irregularidades

A Palavra/Cortesia

Matadouro atende a outras quatro cidades

Funcionários do IMA (Instituto do Meio Ambiente) e da Adeal (Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas) interditaram na tarde desta segunda-feira (28) o principal matadouro da zona da mata de Alagoas, situado na cidade de Santana do Mundaú, em virtude de irregularidades. O matadouro atende também as cidades de Chã Preta, Murici, Branquinha, União dos Palmares.

O prefeito da cidade, Marcelo Souza se pronunciou em entrevista ao blog A Palavra: O que o IMA exige nós tentamos fazer há bastante tempo, mas ainda não foi possível. Eles exigem que haja uma lagoa que possa canalizar a água servida dos animais, mas lamentavelmente isso implica em investimentos que o município não tem, pois o matadouro municipal está a margem da AL-205″, disse o prefeito.

Sem outro lugar para abater animais, o prefeito disse que deve procurar uma solução.

Na manhã de hoje o IMA emitiu nota sobre o assunto. Leia na íntegra:

Mais um matadouro que funcionava sem atender normas legais, licença ambiental e ainda com registro de crueldade com os animais foi fechado. Dessa vez a operação foi realizada, de modo conjunto, pelas equipes do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), em Santana do Mundaú, na tarde da segunda-feira (29).

O matadouro funcionava de modo irregular segundo os aspectos legais. Além disso, os dejetos e efluentes, sem qualquer tipo de tratamento, eram lançados diretamente no rio Mundaú. Havia ainda uma pocilga no mesmo local e o grupo verificou que os animais eram abatidos com materiais inadequados, com sofrimento por causa das pancadas que recebiam.

“Todo o material utilizado para o abate foi recolhido”, explicou Wolney Lima, da equipe da Gerência de Monitoramento e Fiscalização do IMA. O administrador do matadouro e o secretário municipal de Agricultura foram levados pelos policiais para a delegacia, para prestar esclarecimentos sobre a situação encontrada.

Os dois não ficaram presos, mas foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O local foi interditado pela Adeal e pelo IMA. O órgão ambiental lavrou um auto de infração, com multa no valor de R$ 25.390 para a prefeitura que tem o prazo de 20 dias para apresentar defesa.