Preços de alimentos, habitação e transporte foram os que mais subiram.
O que mais pesou no bolso do brasileiro no ano passado foi o aumento de preços dos alimentos e das bebidas. De 8,03% em 2014, a taxa subiu para 12,03%. Não foi o aumento mais forte entre todos os tipos de gastos analisados pelo IBGE, mas seu peso é o maior no cálculo do IPCA.
Gastos com habitação também subiram bastante: de 8,8% para 18,31%. Depois desse grupo vem o de transportes, que registraram forte avanço: de 3,75% em 2014 para 10,16% no ano seguinte.
Em 2015, a inflação fechou bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central para o ano. Em 2014, o índice havia avançado 6,41%. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. O BC já admitiu que não conseguirá trazer o IPCA para a meta central de 4,5% em 2016. Segundo o Banco Central, isso será possível somente em 2017.
O resultado ficou próximo do previsto pelos economistas do mercado financeiro, que estimavam para o ano uma taxa de 10,72%, segundo o boletim Focus mais recente, divulgado pelo Banco Central.