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Hiperbárica fez a diferença na vida de 110 pacientes em 2015

Santa Casa de Maceió

Oxigenoterapia é tratamento indicado em feridas de difícil cicatrização

Ao celebrar um ano de atuação, a equipe da Hiperbárica Santa Casa comemora ter feito a diferença na vida de 110 pacientes assistidos no período e a realização de 1.710 sessões de oxigenoterapia hiperbárica.

Inaugurado em dezembro do ano passado, o serviço de medicina hiperbárica da Santa Casa de Maceió destina-se a vítimas de queimaduras, traumas diversos, escaras, pé diabético, úlceras, infecções, feridas, doenças vasculares, lesões de pele entre outros.

A médica responsável pela Medicina Hiperbárica, Lívia Pereira Nunes, apresentou alguns números que reforçam a importância do serviço principalmente para pacientes com feridas de difícil cicatrização.

No período entre 4 de dezembro do ano passado e o último dia 15, cerca de 33% dos pacientes atendidos na Hiperbárica apresentaram feridas crônicas em membros inferiores e 25%, úlceras por pressão, também conhecidas como escaras. Estas últimas, inclusive, são comuns em pacientes internados de longa permanência.

Outros casos mais prevalentes foram as complicações de ferida operatória (16,67%), pé e/ou perna diabético (8,33%), osteomielite (8,33%) e outras lesões com infecção, necrose etc. (8,33%).

A unidade Hiperbárica Santa Casa está em funcionamento no complexo-sede da Santa Casa de Maceió, com acesso pela Rua Dias Cabral, no centro da capital alagoana.

A parceria firmada entre a Santa Casa de Maceió e a empresa Hiperbárica Santa Rosa, sediada em Cuiabá (MT), trouxe para Alagoas a técnica conhecida como oxigenoterapia hiperbárica, desenvolvida no início do século e que se tornou uma importante aliada no tratamento de inúmeras patologias.

“A medicina hiperbárica atua como adjuvante a outros tratamentos adotados pelo médico. Apenas nos casos de doenças de descompressão, como a ocorrida logo após a inauguração da unidade, oxigenoterapia hiperbárica é considerada o ‘padrão ouro’ de tratamento”, relembrou a médica Lívia Pereira Nunes, coordenadora técnica da Hiperbárica Santa Casa e pós-graduada em Medicina Hiperbárica.

 

OXIGENOTERAPIA É TRATAMENTO INDICADO EM FERIDAS DE DIFÍCIL CICATRIZAÇÃO

 

Desde Aristóteles, por volta do ano 300 a.C., observou-se que a pressão atmosférica provocava efeitos nocivos nos mergulhadores. Ao longo do tempo, estudiosos perceberam que essa mesma pressão atmosférica poderia ser utilizada de forma medicinal para curar certas doenças. O próximo passo foi a descoberta de que o oxigênio fornecido ao paciente dentro de uma câmara hiperbárica poderia atuar como elemento terapêutico.
Conforme detalhou o médico Hélvio Chagas Ferro, a oxigenoterapia hiperbárica é uma técnica na qual o paciente é submetido a uma pressão maior que a atmosférica, dentro de um ambiente controlado, respirando oxigênio puro a 100%.

“A terapia é importante porque abrevia a internação do paciente, agiliza a cura e, do ponto de vista da gestão, racionaliza custos para a instituição e para os planos de saúde”, acentuou Hélvio Ferro, ele que em 1979 participou de um grupo pioneiro em São Paulo que pesquisava e via no uso medicinal da oxigenoterapia um caminho para a cura de diversas patologias.

A câmara hiperbárica assemelha-se às câmaras de compressão e descompressão que os mergulhadores usam em mergulhos de grandes profundidades. O equipamento instalado na Santa Casa de Maceió consiste em um compartimento selado, resistente à pressão e pressurizado a ar comprimido, que permite a acomodação e o tratamento de vários pacientes simultaneamente por meio de máscaras individuais que fornecem o oxigênio necessário a cada paciente.