Aves foram levadas para Unidade de Conservação do município de Água Branca
Fiscais do Instituto do Meio Ambiente estarão, até sexta-feira (22), no Sertão alagoano para uma ação conjunta com a Gerência de Fauna, Flora e Unidades de Conservação do órgão e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). Durante a atividade, que começou na quarta-feira (20), foram apreendidos, até o momento, trinta e cinco pássaros da fauna silvestre em residências particulares do município de Mata Grande.
As aves apreendidas são das espécies galo-de-campina, caboquinho, extravagante, tico-tico, veludo, bem-te-vi, pintassilgo – espécie ameaçada de extinção – e sanhaço. Os pássaros foram levados ao Refúgio da Vida Silvestre dos Morros do Craunã e do Padre, Unidade de Conservação localizada no município de Água Branca, e lá foram devolvidas à natureza.
Segundo Epitácio Correia, veterinário consultor ambiental do IMA responsável pela avaliação clínica, física e comportamental dos animais capturados, os pássaros estavam em boas condições de soltura. “Eles apresentaram um comportamento de recém-capturados, podendo se readaptar facilmente a vida silvestre”, explicou.
Ainda de acordo com Epitácio, todas as aves estavam em situação irregular, criadas em cativeiro sem a devida legalização e autorização do IMA, órgão responsável pelo licenciamento ambiental para a criação amadora de pássaros silvestres.
“Nenhum morador teve resistência à apreensão e fizeram a entrega voluntariamente. Os técnicos aproveitam casos como esse para explicar que a retirada desses animais da natureza causa inúmeros prejuízos para a fauna. Fizemos também um trabalho de educação ambiental com as crianças da região”, afirmou Epitácio.
Os técnicos alertam a população que a fiscalização terá continuidade e todas as denúncias recebidas serão averiguadas. Quem for flagrado mantendo pássaros ou qualquer outra espécie silvestre em cativeiro, sem autorização, será responsabilizado conforme prevê a Lei n.º 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais).