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Comissão de Abastecimento tenta reverter leilão de Mercado do Artesanato

Presidente da Comissão, vereador Dudu Ronalsa defende alternativas para pagamento de dívida, sem que ocorra prejuízos para os 280 comerciantes do local

A Comissão Permanente de Abastecimento, Indústria, Comércio e Agricultura da Câmara Municipal de Maceió, presidida pelo vereador Dudu Ronalsa (PSDB), está empenhada na tentativa de reverter a decisão do juiz Ayrton Tenório que, no último dia 21 de janeiro, determinou o leilão do prédio do Mercado do Artesanato, existente na Levada há cerca de trinta anos.

O leilão está previsto para ocorrer em duas datas, 11 e 23 de fevereiro. A ordem judicial é fruto de uma ação que tramita desde 2003, movida pela empresa Pirâmides Construções, com o objetivo de receber da Companhia de Obras e Urbanização de Maceió (Antiga Comurb) débito que, segundo o vereador Dudu Ronalsa, gira em torno de R$ 800 mil.

O Mercado do Artesanato possui 280 boxes, incluindo lanchonetes e dois restaurantes. “Direta ou indiretamente, existem mais de mil pessoas que há muitos anos dependem daquele Mercado para sobreviver. Aquele prédio, além do valor social, possui importância histórica e cultural. A Comissão de Abastecimento da Câmara está mobilizada para sensibilizar a Justiça e evitar prejuízo tão grande para o povo de Maceió”, afirmou Ronalsa, que integra a comissão junto com os vereadores Guilherme Soares (PSOL) e Chico Filho (PP).

O prédio do Mercado do Artesanato foi avaliado pela Justiça em R$ 6,5 milhões. O parlamentar defende que a empresa credora receba a quantia que tem direito, mas sem afetar tantas famílias. “A empresa precisa receber o que tem direito. Mas, a população não deve ser prejudicada. O débito é da antiga Comurb, um órgão de economia mista. Estamos nos reunindo com a Procuradoria Geral do Município para encontrar alternativas e salvar os quase 300 postos de trabalho que existem no Mercado do Artesanato”, disse.

A Câmara Municipal de Maceió encerra o recesso legislativo no próximo dia 15 de fevereiro e os vereadores, já na primeira semana de trabalho do ano, devem discutir o assunto em plenário. “Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para tentar reverter a decisão da Justiça. Ainda esta semana, devemos nos reunir com o juiz Ayrton Tenório para sensibilizá-lo. Para as famílias que dependem daquele importante ponto turístico, a perda será irreparável”, afirmou o vereador, fazendo questão de afirmar que, como parlamentar e presidente da Comissão de Abastecimento, apoia os trabalhadores.