Um funcionário público da cidade de Cádiz, na Espanha, foi multado em 27 mil euros (cerca de R$ 120 mil) por ter faltado ao trabalho durante seis anos.
O mais curioso, porém, é que a ausência do funcionário, chamado Joaquín García, foi notada quando ele estava prestes a receber um prêmio por tempo de serviço prestado.
García, que se aposentou há um ano, negou as acusações. Segundo o jornal espanhol El Mundo, ele diz que foi propositadamente designado por seus superiores a um cargo desprovido de funções reais, supostamente como punição pelas posições políticas de sua família.
A Justiça, no entanto, determinou que García vai ter que pagar a multa, que equivale a um ano de salário de seu cargo, deduzidos impostos e encargos.
Durante o julgamento do caso, o chefe da empresa de tratamento de água disse que não via García há anos apesar de ocupar um escritório do lado oposto ao dele.
Quem supervisiona?
Um mal-entendido pode ser o motivo pelo qual García passou tanto tempo ausente sem ser notado. A companhia de água pensou que ele era supervisionado pelas autoridades locais; já estas pensavam que era a companhia de água que supervisionava o funcionário.
Quem percebeu que o servidor não aparecia no trabalho há tempos foi o vice-prefeito da cidade de Cádiz, que ligou para o escritório buscando García, mas ninguém por ali sabia dizer por onde ele andava. García estava apto a receber uma placa comemorativa pelos seus 20 anos de trabalho na companhia.
García, por sua vez, alega que evitava ressaltar sua ausência de funções por ter uma família para sustentar e temer não conseguir outro emprego na sua idade.
Eles também contaram que García ia ao escritório, apesar de não cumprir o turno de trabalho completo, e que ficava lendo sobre filosofia.