De acordo com o presidente, nos últimos anos Maceió ganhou oito mil novos leitos, o que subiu o índice para 16 hotéis em Maceió, de um total de 32 em Alagoas. A ocupação manteve uma média de 70% ao longo do ano.
“O turismo teve nesses últimos anos uma responsabilidade grande no desenvolvimento de Maceió e Maragogi, por exemplo. E essa melhora faz com que nossos visitantes tenham essa mesma percepção”, diz o presidente.
Para a Capital, dez novos empreendimentos de hotelaria estão previstos para serem inaugurados. “No meio dessa crise, o turismo aparece como uma oportunidade e temos esse desafio enorme de continuar crescendo cada vez mais”, pontua Cedrim.
Presente no evento, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), voltou a ressaltar a parceria público-privada na obtenção dos melhores índices para a cidade. “Com a alta do dólar muitos turistas deixaram de ir para o exterior e passaram a viajar para destinos no país, assim Maceió soube captar bem isso. Estão voltando ainda os turistas latino-americanos. Um voo direto de Buenos Aires [na Argentina] traz turistas argentinos para cá, o que é bom pra cidade, gera emprego e renda”, diz Palmeira.
Se na alta temporada a cidade registra altos números, é na baixa temporada (fora do período do verão) que Maceió tem que investir para conseguir captar novos turistas. Com isso, segundo Palmeira, o município está focado na ampliação do “turismo de negócios” marcado por congressos e eventos em geral. “Nós temos um calendário grande e temos em diversos eventos grandes uma parceria com o Centro de Convenções. Então são eventos de duas a três mil pessoas, com palestras e economia e que trazem movimento para a cidade”, diz Palmeira.
Línguas sujas
Todos sabem que Maceió tem sua economia balizada no turismo, então nada melhor do que manter as belezas naturais como alvo para o turismo. Diferente do que ocorreu no início desse século, a cidade vem sendo alvo de constantes flagrantes envolvendo a presença de poluentes nas principais praias da cidade, como Ponta Verde e Pajuçara, e que repercutem negativamente na divulgação de Maceió.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hóteis (ABIH-AL), Mauro Vasconcelos, o setor empresarial resolveu investir em alternativas que promovam a limpeza das praias – principal atrativo turístico.
“O lançamento de esgoto das praias de Maceió e as melhorias do saneamento sempre foram uma demanda da hotelaria, e de alguns anos pra cá passamos a investir em um projeto para solucionar o problema das línguas sujas. Isso é ruim tanto para os turistas quanto para os alagoanos que utilizam essa praia como meio de esporte e lazer”, diz Vasconcelos.
A ABIH junto com a Braskem são parceiras da Prefeitura de Maceió no investimento do Praia Viva que prevê o tratamento das praias por meio de bombas instaladas em pontos específicos da orla. quatro estações elevatórias já foram construídas, no total, segundo a Prefeitura, serão oito.