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Carros flagrados na faixa de areia do Gunga continuam apreendidos

Proprietários dos quadriciclos querem firmar um acordo para reaver os veículos.

Seis dias após a operação, na praia do Gunga, que resultou na apreensão de dezenas de veículos e a autuação de três grupos, com multas que chegam a quase R$ 90 mil, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) segue com as ações pra coibir o tráfego de veículos na faixa de areia. Até agora, apenas os representantes dos proprietários de quadriciclos tentam firmar acordo para reaver os veículos.

Desde dezembro, já foram apreendidos carros nas praias de Ipioca e Pratagy, em Maceió, Porto de Pedras, São Miguel dos Milagres e Gunga, no município de Roteiro.

Os proprietários de 22 quadriciclos, apreendidos na operação realizada na praia do Gunga, propõem a assinatura de termo de compromisso de não trafegar naquela área, enquanto não houver a definição de um roteiro para os passeios. Além disso, devem pagar o valor integral da multa de R$ 28 mil, recebida pelo grupo no momento da autuação.

“No termo, eles devem se comprometer a não trafegar no local. Disseram que pretendem fazer um adesivo para identificar os veículos e o responsável pela área vai confeccionar uma carteirinha de identificação”, comentou Ricardo Freitas, Assessor Executivo do IMA.

Freitas comentou ainda que o grupo reconhece a infração ambiental e quer resolver o problema. Mas, alerta que, se houver a liberação, será dado o perdimento para o veículo que for apreendido novamente pela mesma infração.

Durante uma das reuniões realizadas, Edinaldo Cursino, que se apresentou como um dos porta-vozes do grupo de proprietários dos quadriciclos, disse que muitos veículos são particulares, há alguns de fora do estado, mas reconheceu que já sabia sobre a irregularidade do tráfego de veículos na praia.

“Antes da ação do IMA a gente já estava fazendo um projeto para regularizar os passeios”, argumentou Edinaldo.

Passeios

A área para realização dos passeios só poderá ser definida após a apresentação de estudos, com aval de biólogos e outros especialistas. Isso porque, segundo Leonardo Vieira, gerente de Licenciamento do IMA, da forma como está não é possível autorizar a realização de passeios.

“Há a faixa de areia, logo acima há área onde foram encontrados diversos ninhos de tartaruga e, mais acima, aparentemente há vegetação com característica de restinga, que é considerada Área de Proteção Permanente”, comentou o gerente.

Segundo Ricardo Freitas, considerando todas essas informações e os impactos causados, principalmente durante o período de verão, além dos estudos para definição do roteiro, deverá ser firmado também um acordo maior para ordenar a atividade, garantindo a preservação ambiental.

O assessor disse ainda que os proprietários dos bugres não demonstraram qualquer tipo de interesse em resolver o problema, por isso nem compareceram no órgão ambiental.