Uma jovem de 20 anos, moradora de Salvador, vive uma batalha junto com a família para vencer a leucemia, doença descoberta no mês passado, e conseguir um doador compatível para transplante. A garota estava bem até o final do ano passado, quando fez aniversário, e passou o réveillon ao lado da irmã, que foi a primeira pessoa a perceber os sintomas. Na família de Andréa Argolo, já há histórico da doença. A avó paterna também foi acometida pela leucemia.
“Ela se queixou para mim que estava sentindo dificuldades, como falta de ar, palpitação no peito e muito cansaço. Até para tomar banho, ela cansava. Eu achava que era uma coisa normal, às vezes pela falta de exercício físico, ela estava parada. Eu até comentei com ela: ‘é porque você está sem fazer academia, não está fazendo nada. Deve ser por isso’. A gente nunca imagina que vai acontecer uma coisa dessa”, desabafa a irmã, Marita Argolo.
A primeira suspeita da família e dos médicos era de que se tratava de uma hepatite. Mas no dia 13 de janeiro, veio a confirmação do diagnóstico. Andréa estava com leucemia. De lá para cá, ela segue internada na Unidade de Terapia Semi Intensiva de um hospital em Salvador. A paciente já passou por transfusões de sangue e de plaqueta.
A jovem raspou os cabelos por causa da quimioterapia. “A saúde dela era boa. Ela nunca teve nada. Nenhuma doença, nenhuma dificuldade. Minha mãe também teve o mesmo problema”, conta o pai de Andréa.
A luta da família agora é para conseguir um doador de medula compatível. “Nossa angústia atual é conseguir esse doador porque a proporção é de 100 mil para um. A gente precisa, realmente, conseguir alguém porque a cura dela depende disso. Então, nós estamos fazendo um movimento pedindo a todo mundo que puder ajudar que vá no Hemoba [Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia] e faça o teste. Se não servir para Andrea, vai servir para milhares de pessoas que estão precisando igual a ela. Porque a angústia é muito grande. Só quem tem alguém na família assim é que sabe”, diz a mãe Maria Lúcia Argolo.