Um protesto, realizado na tarde desta quarta-feira, 02, deixou o trânsito parado por algumas horas na Avenida Juca Sampaio, no Barro Duro. A mobilização foi orquestrada por famílias das cidades de Rio Largo e Marechal Deodoro que pedem a entrega de dois conjuntos habitacionais.
Munidos de cartazes e faixas, os manifestantes percorreram a Avenida Márcio Canuto e bloquearam o trânsito na Avenida Juca Sampaio, em frente ao Ministério Público Federal. A intenção é chamar a atenção da população para o atraso na entrega das casas e problemas cadastrais nos residenciais Lago Sul e Prefeito Antônio Lins de Souza, que fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Segundo informações do desempregado, Heleno Emiliano, em Rio Largo, cerca de 5.800 pessoas estão cadastradas para receber as casas do Conjunto Habitacional Prefeito Antônio Lins de Souza, mas estes cadastros teriam supostamente desaparecido. Eles alegam que o problema se arrasta há anos e devido a incerteza de recebimento das casas várias famílias resolveram invadir o conjunto residencial.
“Realizamos o cadastro na Secretaria de Habitação de Rio Largo,mas quando procuramos saber sobre o cadastro, descobrimos que não existia mais. Ficamos sabendo que as casas foram prometidas a pessoas ligadas à prefeitura e por conta disto, invadimos as residências. Estamos com medo de ordem de despejo e queremos uma solução para o problema”, informou Heleno Emiliano.
Em Marechal Deodoro, o sonho da casa própria virou pesadelo para os comprados das casas do residencial Lago Sul uma vez que o prazo de entrega expirou há dois anos e até o momento as 300 famílias não têm uma definição de quando terão um teto para morar.
Segundo um dos compradores da casa, Alberdon Monteiro, as obras estão paradas por conta de um problema entre a construtora Solo Engenharia e a Prefeitura de Marechal Deodoro. Enquanto isso, os proprietários seguem pagando a taxa de obra e iptu sem morar no local.
“Era para ter sido entregue em 2014 e a construtora sempre pedia mais seis meses. Já estamos em 2016 e as obras estão paradas porque a prefeitura diz que não tem condições de fazer o saneamento básico do residencial por mudanças no projeto. Tivemos uma reunião com o MPF e ficou acertado que a Caixa Econômica e a construtora teriam 10 dias para se pronunciar sobre o caso. O prazo já passou e não tivemos resposta”, explicou Alberdon Monteiro.
O protesto foi encerrado por volta das 15h após as famílias conseguirem ser recebidas pelas procuradoras Roberta Bonfim e Niedja Kaspary na sede do Ministério Público Federal, no Barro Duro.
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