Sem qualquer tipo de tratamento, o líquido escorre para uma região de nascentes do rio Pratagy
Ascom IMA
A equipe do Instituto do Meio Ambiente (IMA) autuou mais uma construtora. Dessa vez, trata-se de um consórcio responsável pela construção de 1751 casas que recebeu multa no valor de R$ 260 mil devido a gravidade do problema: a emissão de esgoto, sem qualquer tipo de tratamento, para uma região de nascentes existentes dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratagy.
Localizado no município de Rio Largo, o residencial Antônio Lins possui Licença de Operação emitida pelo IMA. Entretanto, durante uma ação de monitoramento e fiscalização, foi verificado que a rede de esgoto não funciona como deveria.
A rede extravasa a cerca de 20 metros antes de alcançar a estação de tratamento, conforme informações da equipe que esteve no local e que contou com técnicos das Gerências de Licenciamento e de Monitoramento e Fiscalização. O problema já é grave devido ao volume de líquido sem tratamento que está transbordando.
Mas, a situação ainda é ainda mais agravada porque o esgoto escorre pela rua e entra por galerias de drenagem. Daí em diante, o destino é uma região onde há nascentes do rio Pratagy que dá nome a APA e que configura importante região de captação para abastecimento da população de Maceió.
Segundo Ermi Ferrari, gerente de Monitoramento e Fiscalização, a autuação foi entregue no dia 29 de fevereiro, e, a partir dessa data, os responsáveis têm 20 dias para apresentar defesa. Um representante do consórcio esteve no IMA no dia 02 de março e alegou que as casas ainda não foram entregues, mas que teriam sido invadidas.
Entretanto, as informações repassadas por ele só poderá ser considerada após a apresentação formal da defesa.