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Renan se reúne com cúpula de segurança e debate cronograma de transição

(Foto: Milton Rodrigues)

(Foto: Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)

Depois do anúncio de saída forçada do secretário de Segurança Pública Alfredo Gaspar de Mendonça, o governador Renan Filho (PMDB) buscou a imprensa, na tarde desta quinta-feira (10), para tranquilizar a população quanto a continuidade dos trabalhos de saturação realizados pela polícias Militar e Civil, além de garantir que em pouco tempo um novo secretário possa assumir a pasta.

“Vamos discutir hoje o cronograma de transição e elaborar o perfil do substituto para só então termos um nome… Não irei terceirizar responsabilidades enquanto isso. As operações continuam com muita presença policial nas ruas e avaliação das áreas de risco”, destacou Renan Filho, em visita a Secretaria de Segurança Pública, momentos antes de entrar para a reunião com a cúpula do estado.

A polêmica se deu após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu que membros do Ministério Público Estadual (MPE) possam assumir cargos no Executivo no que tange a área de segurança pública. O efeito cascata atingiu a pasta controlada até então pelo promotor Alfredo Gaspar de Mendonça há pouco mais de um ano.

(Foto: Milton Rodrigues)

(Foto: Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)

De acordo com Renan Filho, a saída de Alfredo Gaspar é lamentada por todos os departamentos do governo. Ele tinha no secretário um exemplo de gestão e confiança. O governador comentou ainda o projeto de emenda à constituição (PEC) proposta pelo deputado federal Givaldo Carimbão (PROS-AL) e que tenta reverter à decisão dos ministros. Na visão do governador, a ação levará muito tempo para ser analisada pelo Judiciário, um período este que o estado não tem disponível.

“No mérito eu acho muito justo, pois acredito que o cargo deve estar à disposição dos melhores da sociedade, independentemente de onde eles estejam, mas a decisão do Carimbão vai demorar e precisamos dar agora uma resposta”, diz o governador.

Ainda sem prazo e sem nomes, o governador sentou com a cúpula de segurança e a reunião seguiu a portas fechadas. Ainda sobre a saída, o secretário Alfredo Gaspar permaneceu em silêncio durante toda a coletiva e preferiu não se pronunciar sobre o assunto.