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Justiça nega liberdade a João Santana e Mônica Moura

O tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou, no início da noite de quinta-feira (10), o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, presos no dia 23 de fevereiro, em decorrência da 23ª fase da Operação Lava Jato. A decisão foi tomada no mesmo dia em que o casal se calou em depoimento à Polícia Federal.

Para a defesa de Santana e Mônica, o casal tem colaborado com a Justiça Federal. Eles estavam no exterior e voltaram ao Brasil tão logo souberam do decreto de prisão. O publicitário nega que tenha sido o responsável por excluir sua conta Dropbox – serviço remoto de armazenamento de arquivos –, o que foi interpretado pela investigação como destruição de provas. O casal afirma ainda que nunca movimentou o dinheiro depositado em conta bancária não declarada no exterior.

Gebran afirmou, ainda, que existem indícios suficientes de que o publicitário e a esposa tenham participado de crimes. “Em especial pelos diversos depósitos subreptícios realizados em sua conta, sobre os quais não lograram comprovar a origem lícita”, ressaltou o magistrado.

Dentre os pagamentos recebidos através da conta bancária no exterior, estão US$ 3 milhões vindos de offshores ligadas à empresa Odebrecht e US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, apontado pelas investigações como um dos principais operadores do esquema de corrupção na Petrobras.

João Santana cuidou da publicidade durante a campanha de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e as duas campanhas da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.