Acusado já havia sido condenado pelo crime, mas fugiu da penitenciária, no final do ano passado
Na tarde do sábado (12), o Paulistinha, como Erivaldo é conhecido, trafegava pela BR 423, próximo ao município de Ouro Branco/AL, quando foi abordado por uma equipe da PRF. Ele estava conduzindo um veículo com placa de São Paulo e viajava com cinco passageiros – uma mulher, um homem e três crianças. Nenhum deles era seu parente e não possuíam passagens pela polícia.
Em um primeiro momento, o acusado disse aos agentes da PRF que não era habilitado e que estava sem documentos pessoais. Os policiais insistiram e Erivaldo forneceu aos agentes o nome, a data de nascimento e outros detalhes de identificação de uma pessoa chamada Abdias.
Durante consultas dos dados informados, os policiais descobriram que o Abdias era habilitado, contrariando o que o suspeito havia falado. Confrontado, ele continuou mentindo, e disse que não tinha mostrado a habilitação porque estava com medo de ser multado. Então foi até o veículo, pegou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e apresentou aos agentes.
De imediato, os policiais verificaram que o documento era falso, e deram voz de prisão ao condutor. Nesse momento, ele saiu correndo, puxou uma arma e atirou contra um dos policiais, que revidou e acertou o fugitivo na perna.
O suspeito, ferido, foi socorrido pela própria equipe da PRF para um hospital em Santana do Ipanema/AL. Enquanto ele estava sendo atendido na unidade de saúde, os policiais rodoviários federais conseguiram a sua real identidade e verificaram que, além de já ser condenado pelo homicídio de Fernando Luiz Machado, ele também responde a mais de 15 processos criminais. Na época do crime, Machado era Delegado Regional da PC/PE, em Caruaru.
As informações da ficha policial do acusado foram repassadas para a PRF pelas polícias Civil e Militar de Pernambuco, ainda na noite do sábado. A agilidade no repasse desses dados foi essencial para a descoberta da extensa lista de crimes praticados e da periculosidade de Paulistinha, que agora deverá responder, também, por tentativa de homicídio e uso de documento falso.
A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil, em Santana do Ipanema/AL, para onde acusado e a arma usada no crime, um revólver cal. 22, foram levados.
Segundo os policiais, no momento da apreensão, o revólver estava carregado com seis munições, sendo quatro delas intactas, uma deflagrada e outra “pinada” , o que indicaria que Erivaldo tentou atirar mais de uma vez contra o PRF, quando a arma falhou.
Agora, o processo deverá ser remetido para a Polícia Federal (PF), já que o crime de tentativa de homicídio foi cometido contra um servidor público federal no exercício de suas funções.