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Grupo de Libras da Ufal dinamiza acessibilidade ao ensino, pesquisa e extensão

UFAL

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A implantação do curso de bacharelado em Letras-libras na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) além de oportunizar a formação de professores na área, tem se constituído em fator decisivo para a crescente demanda de pessoas surdas transitando nos diversos espaços da instituição. O suporte ao curso é dado pelo Grupo de Serviços de Tradução e Interpretação de Libras (TILS) e a positividade da ação, visando o aprendizado, tem garantido ao público-alvo acessibilidade às atividades voltadas ao ensino, pesquisa e extensão.

O curso é atrelado à Faculdade de Letras (Fale), teve início na Ufal no segundo semestre de 2014 e atualmente conta duas turmas compostas por 50 alunos, entre surdos e ouvintes, assim denominados os que não apresentam perda auditiva considerável. Em uma das turmas a maioria é surda e o trabalho desempenhado pela equipe de tradutores e intérpretes envolve ao mesmo tempo o professor e o aluno, por haver a necessidade de se fazer a tradução de conteúdo de Português para Libras e vice-versa: “Por ser uma atividade que exige bastante empenho e desempenho atuamos em dupla e a cada 20 minutos há o revezamento de intérprete”, frisa a coordenadora do grupo Meire Pereira.

Ela acrescenta que a Lei nº10436/2002 reconheceu Libras como língua oficial do país que determina obrigatoriedade de em toda formação educacional dos surdos haver o suporte adequado, sendo assim imprescindível a presença dos profissionais. Em 2006 o Ministério da Educação (MEC) criou o curso de graduação Letras-libras (bacharelado) a distância com respectivos polos sob a coordenação da Universidade Federal de Santa Catarina. (UFSC).

Segundo Meire, as barreiras encontradas e que dificultam o aprendizado têm como uma das causas a formação educacional inicial dos surdos: “As dificuldades passam também pela formação básica, pois mesmo com a existência da citada lei, nem todos os alunos surdos que estão na universidade tiveram o suporte da tradução e interpretação durante o processo de aprendizado”, destaca a pedagoga Meire Pereira, com formação específica na área.

A equipe de tradutores e intérpretes de Libras do Campus A.C. Simões é composta por seis servidores técnico-administrativos, graduados em diferentes áreas, mas dotados de formações específicas conforme exigência do Decreto 5.626/2005 que trata da formação do tradutor e intérprete. Nos campi do interior, em Arapiraca e em Delmiro Gouveia, há a atuação de um profissional da área em cada campus.

Conforme Portaria nº 12 da Faculdade de Letras (Fale) datada de 7 de julho de 2015, cabe à coordenação interna do Grupo de Serviços de Tradução e Interpretação de Libras (TILS), a responsabilidade de administrar as ações nessa área. Portanto, o trabalho acadêmico desempenhado não só se destina apenas aos alunos do curso ao qual o grupo está ligado, sendo extensivo também aos demais da graduação e de pós-graduação. “Havendo demanda para tradução e interpretação, a equipe se coloca disponível garantindo assim a participação de estudantes em eventos acadêmicos”, afirma Meire.

Orientações para atendimento e atuação

A coordenadora informa que as solicitações para eventos e para espaços da Universidade deverão ser encaminhadas à coordenação do Grupo de Tradutores e Intérpretes ao endereço eletrônico: tradutores.libras@fale.ufal.br. O interessado receberá um formulário a ser preenchido e protocolo de atendimento com orientações acerca do cumprimento dos prazos concedidos, onde deverá informar em e-mail o tipo de participação de pessoas surdas ou surdocegas no evento, ou seja: plateia, conferencista e composição de mesa, para a definição da quantidade necessária de tradutores e intérpretes.

Outra orientação de Meire Pereira ao solicitante do serviço, é de que disponibilize com antecedência para a equipe programação, letras de músicas, conteúdo, material ou slides da apresentação dos conferencistas, já que a atuação exige preparo técnico e teórico e seja proporcionado um trabalho com qualidade. Para as solicitações a eventos de grande porte com parcerias externas ou realizado fora do Campus A.C. Simões, Meire cita como uma das condições que não coincidam com as atividades permanentes no curso Letras-libras.

Por ser a língua Libras de modalidade visuoespacial, a coordenadora aponta também como orientação para o bom desempenho do serviço, evitando obstrução visual e dificuldades tradutórias, o posicionamento do intérprete em local de fácil visualização da plateia, assim como local iluminado e com retorno de áudio voltado ao profissional. para evitar obstrução visual e dificuldades tradutórias. Meire aproveita para reforçar: “Quando for necessária a interpretação da Libras para o Português, o intérprete deverá estar sentado na primeira fila da plateia, juntamente com o intérprete de apoio, em frente ao palestrante, ou conferencista”.

Os demais servidores do Grupo de Serviços de Tradução e Interpretação de Libras (TILS) do Campus A.C. Simões são: Pollyana Lima, Carlos Alberto Matias Ferreira, Maikew Douglas, Juliana Vanessa dos Santos e Silva e Thiago Bruno de Souza.