Ao EXTRA, o padre disse, em entrevista por telefone, que o gesto não foi planejado, e que agiu para mostrar a ela e outros moradores de rua que a violência ertre eles era inaceitável:
— Ela estava deitada em meio a um grupo, quando passamos fazendo a Via Sacra, e veio em nossa direção falando sobre sua fé, muito emocionada, envolvida com a encenação de “O filho pródigo”. Aquela reação me tocou, porque sei que ela é uma figura extremamente vulnerável e, para muitas pessoas, censurável e indesejável. Então, quis dizer a ela ” Deus ama você do jeito que você é” — contou o padre.
Segundo o religioso, Sheila chegou a interferir durante a encenação de uma passagem da parábola do filho pródigo e, numa cena em que um personagem apanha, ela pediu que parassem.
— Fiquei muito mexido, porque sei que moradores de rua e principalmente transexuais apanham muito, de todos os lados. Então, resolvi perguntar o nome dela, que me respondeu com o coração muito puro. Depois que beijei seus pés, ela colocou as duas mãos nos meus ombros e, para mim, mostrou como se sentiu aceita, não se sentiu rejeitada. Essa é a mensagem: Deus nos ama por misericórdia, não porque somos melhores do que alguém, por merecimento — completou o padre.
O vídeo, com quase 40 segundos, é possível ver Sheila com os braços cruzados, incomodada com o gesto do padre de se abaixar para beijar seus pés. Ela chega a perguntar “Perdão por quê?” ao padre, que volta a explicar o motivo: “As pessoas maltratam você. E eu queria que você aceitasse uma coisa que eu vou fazer”, diz o religioso.
Depois do gesto do padre, ovacionado por um grupo que acompanhava o evento, Scheila também bate palmas e repete o gesto do religioso, beijando seus pés.
Internautas aprovaram a atitude:
“Sejamos a transformação! Sejamos aquilo que o mundo precisa!”, comentou um internauta. “Que lindo gesto”, escreveu outro. “Vamos seguir esse exemplo”, opinou um terceiro.
Internautas aprovaram a cena:”Sejamos a transformação! Sejamos aquilo que o mundo precisa!”, comentou um internauta. “Que lindo gesto”, escreveu outro. “Vamos seguir esse exemplo”, opinou um terceiro.