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Bioplástico de estudantes do Ifal é aplicação sustentável da química para o cotidiano

Projeto foi apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia da USP

Assessoria

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Um grupo de estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) segue nos esforços para patentear uma invenção focada na sustentabilidade. A partir de amido de milho, vinagre e alguns ácidos, eles conseguiram produzir um plástico resistente, biodegradável, de baixo custo. Os alunos, com o apoio da Braskem, apresentaram o projeto na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), na Universidade de São Paulo (USP) e conquistaram o 4º lugar na categoria Química.

O projeto dos alunos João Vitor Isidoro e Laís Vanessa de Azevedo, do curso de Química e Hyngrid Assíria Amorim, do curso de Biologia, foi um dos quatros projetos apresentados por estudantes alagoanos na Febrace, que este ano teve 341 projetos inscritos de todo o país.

O que chamou atenção no trabalho deles foi a possibilidade de aplicação prática e comercial do bioplástico, inspirada e aprimorado a partir de uma experiência de pesquisadores do Peru, país andino vizinho ao Brasil.

“A pesquisa peruana chegou ao nosso conhecimento através da nossa professora Vânia Nascimento, porém não entendíamos por que o plástico já não estava no mercado. Ao reproduzir o experimento em laboratório, vimos que havia ainda muita deficiência na experimentação, foi aí que entendemos que a pesquisa era viável, porém precisava ser aprimorada e desenvolvida. Então iniciamos o nosso trabalho”, explicou Laís Vanessa.

Foram três anos e meio de pesquisa até chegar na combinação que fez sucesso na Febrace: amido de milho, batata inglesa, ácidos derivados de limão e laranja, farinha de trigo, vinagre, açúcar. Eles conseguiram o objetivo de criar um “plástico verde pensado para o mercado”, ou seja, um termoplástico resistente, durável e capaz de se decompor na natureza em um período de dois a três anos.

Os termoplásticos são um tipo de plástico mais encontrados no mercado, utilizado em embalagens, garrafas PET, CDs, brinquedos e algumas peças, por exemplo. Por isso que João Vitor, Laís e Hyngrid, enquanto divulgavam seu invento a caminho da Febrace, chamaram atenção da Braskem – maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com grande foco em inovação e sustentabilidade.

“A Braskem soube do projeto via os meios de comunicação e se mostrou interessada, já que o mercado ainda não possui um polímero de qualidade e biodegradável, e essas são características fundamentais do nosso polímero. Foi muito gratificante saber que uma empresa do padrão de comprometimento e responsabilidade tecnológica como a Braskem mostrou-se interessada na pesquisa e parceira” completou Laís.

“O projeto dos alunos é uma prova que a inovação é uma ferramenta para o desenvolvimento e para ampliação da competitividade da indústria nacional. A pesquisa deve ser incentivada já nãos primeiros anos de escola, só assim conseguiremos ser competitivos  no cenário da economia globalizada. E este projeto do IFAL deve ser seguido pelas demais instituições de ensino”, afirmou Milton Pradines, Gerente de Relações Institucionais da Braskem.

Sobre a Braskem

Controlada pela Organização Odebrecht, a Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com volume anual de 16 milhões de toneladas, incluindo a produção de outros produtos químicos e petroquímicos básicos. Com faturamento de R$ 54 bilhões, a Braskem também é a maior produtora mundial de biopolímeros – com capacidade de 200 mil toneladas anuais de polietileno derivado do etanol de cana-de-açúcar (Plástico Verde). 

Com o propósito de melhorar a vida das pessoas, criando as soluções sustentáveis da química e do plástico, a Braskem atua em mais de 70 países, conta com mais de 8 mil integrantes e opera 40 unidades industriais, localizadas no Brasil, EUA, Alemanha e México, este último em parceria com a mexicana Idesa.