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Mais do mesmo: quadrilha presa agia sob ordens que saíam do sistema prisional

Jorão Urtiga/Alagoas24horas

Delegado Ronilson Medeiros fornece detalhes da ação da quadrilha

O delegado Ronilson Medeiros, da Divisão Especial de Investigação e Capturas da Polícia Civil de Alagoas, apresentou no começo da tarde desta quarta, 13, integrantes de uma quadrilha acusada de participação em vários crimes, inclusive homicídios motivados, sobretudo, por disputas de pontos de tráfico. Dos sete membros apontados como integrantes da quadrilha, três estão presos em unidade prisionais do Estado, um na capital e outro no interior.

O bando seria uma célula do Comando Vermelho, organização criminosa originária do Rio de Janeiro, com dissidentes da PCC e comandariam o tráfico na região de Rio Largo, cidade da região metropolitana.

A ação da quadrilha vinha sendo investigada desde setembro do ano passado, quando foi registrado grande número de homicídios na região de Rio Largo, que figura entre as mais violentas do Estado. Os suspeitos integrariam, segundo as investigações, uma organização criminosa comandada por José Edson Morais, conhecido como Chaves, com ligação com traficantes renomados como Charlão e Aranha, este último morto em suposto confronto com a polícia neste ano. Chaves está preso no Presídio do Agreste e é apontado pela polícia como um dos mentores a incêndios de coletivos registrados em Maceió no ano passado.

Foram apresentados à imprensa Flávio Alexandre Alves, o Flavinho ou Pica-Pau, que foi preso com um revólver e seria do gerente do bando, Rayane Aureliano dos Santos, a Belinha, apontada como ‘primeira-dama’, Leandro Carlos Silva dos Santos, José Santos da Silva, conhecido como Louro ou Perri. Além destes, foram apresentados José Jalmir dos Santos e Rafael Lucas do Amaral, ambos já cumprem pena no Presídio Baldomero Cavalcanti.

“Belinha” tem um papel fundamental na organização. Seria ela, durante as visitas íntimas a José Edson Morais, que repassaria as ordens aos demais integrantes do bando. A jovem também seria responsável pela “administração” da organização. Em entrevista à imprensa, Belinha, assim como os demais acusados, negaram todos os crimes.

Com Flavinho a polícia afirma ter encontrado um celular onde havia uma vídeo, uma espécie de videoclipe, dos membros da organização criminosa em Rio Largo.

O delegado Ronilson Medeiros, responsável pela investigação, disse que graças às prisões foi possível impedir três assassinatos previstos para ocorrer na última segunda (11). Medeiros afirmou, ainda, que as prisões devem provocar um ‘abalo’ na organização criminosa.