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PC localiza celular rastreado que resultou na morte de capitão da PM

Milton Rodrigues/Alagoas24horas

Celular recuperado pela polícia

Acusado de matar o capitão da Polícia Militar de Alagoas Rodrigo Rodrigues, 32 anos, Agnaldo Lopes de Vasconcelos, de 49 anos, foi ‘absolvido’ do primeiro crime: roubo de celular. Segundo a PM, o oficial foi à residência para averiguar uma denúncia de roubo do aparelho. O sistema de rastreamento do equipamento teria apontado a residência de Agnaldo, no Santa Amélia.

Na noite desta quinta (14), no entanto, a polícia prendeu um homem identificado como José Romão da Silva Junior, de 25 anos, que teria sido reconhecido pela vítima como o verdadeiro responsável pelo roubo. José Romão afirma ter comprado o aparelho na Feira do Rato e nega o assalto, mesmo sendo apontado pela vítima.

O celular seria o motivo do capitão PM Rodrigo Rodrigues ter abordado Agnaldo em sua residência. Por meio do seu advogado, o acusado, que segue preso após parecer desfavorável do representante do Ministério Público ao seu pedido de soltura, afirmou que se assustou com a “invasão” a sua casa e atirou “sem mirar” no capitão. O oficial foi atingido por um tiro e entrou em óbito no Hospital Geral do Estado.

A Perícia Oficial de Alagoas confirmou que a mostra do exame residuográfico realizado em Agnaldo Vasconcelos foi encaminhado para Brasília e o resultado deve ser divulgado em torno de 15 dias.

Coletiva

Em coletiva na manhã de hoje (15) o delegado Ronilson Medeiros contou como se deram os fatos no dia do crime. Uma vítima teria procurado o Code, em Mangabeiras, afirmando ter sido roubada. A guarnição que estava no local passou a monitorar o sistema de rastreamento, que apontava um raio de 5 metros na região onde havia a casa de Agnaldo e do suspeito. Durante a perseguição, a ocorrência foi assumida pela guarnição do capitão Rodrigues, que terminou com a sua morte.

De acordo com o delegado Ronilson Medeiros, o acusado pelo roubo mora, na verdade, em frente à residência de Agnaldo Vasconcelos e foi preso após mandado de busca e apreensão expedido pela 6ª Vara Criminal da Capital.

Medeiros, no entanto, voltou a frisar que as investigações sobre a morte do oficial estão sob a responsabilidade da Força Nacional. “Alguns pontos sobre o homicídio eu não posso falar e não posso dar juízo de valor pois seria achismo e estaria passando por cima da investigação do delegado Felipe”, complementa Medeiros.

José Romão responde ainda na Justiça por outro crime de roubo cometido no dia 11/12/2014, sendo novamente um roubo de celular. “O jovem não é pobre mas convive em um meio em que ele queria ter algo mais e, por isso, passou a cometer crimes”, disse o delegado sobre a motivação.

Além de José Romão, uma segunda pessoa é perseguida pela polícia. No dia do crime, Romão teria alugado um carro, um Corsa de cor branca, e abordado a vítima no bairro do Poço, quando decidiu levar o aparelho eletrônico. “Conseguimos imagens de um prédio próximo que confirma a abordagem de José Romão à vítima”, disse Medeiros.

Ascom PC/AL

José Romão da Silva Junior