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24% abrem mão de falar para abreviar sessão do impeachment, diz líder

Dos 252 inscritos para discursar, 60 já falaram que deixarão de falar.

Cerca de 60 deputados, opositores da presidente Dilma Rousseff e pertencentes a 14 diferentes partidos, abriram mão de falar na sessão que antecede a votação do impeachment neste domingo, informou neste sábado o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). O objetivo, disse o deputado, é garantir o horário previsto para a votação, às 14h.

Até agora, já haviam se inscrito para falar, por até 3 minutos, 252 deputados, dos quais 173 favoráveis ao impeachment e 79 contrários. Os que desistiram dos discursos representam 23,8% deste total. Abriram mão de falar somente aqueles deputados contrários a Dilma que já se manifestaram nos debates iniciados nesta sexta no plenário.

Além desses, os líderes desses 14 partidos, que têm direito a até 10 minutos de fala, também deixarão de discursar. Assinaram o acordo deputados do PPS, PSDB, PSB, PSD, PTB, DEM, PSL, SDD, PRB, PROS, PSC, PHS, PV e PTN.

O temor dos partidos, segundo Arantes, é que a votação começasse só às 0h de segunda, se todos mantivessem seus discursos. Ele negou que os cortes possam prejudicar o convencimento de deputados indecisos.

“Ficamos três dias e duas noites debatendo sobre todos os temas. Os partidos pró-impeachment estão pensando na sociedade brasileira para o que resultado saia amanhã. Os partidos que são contra o impeachment, o PT e seus aliados, evidentemente não querem abrir mão de nada, não querem que vote o impeachment”, afirmou.