Agentes e escrivães da Polícia Civil de Alagoas decidiram, no início da tarde desta terça-feira, 26, fechar o acesso ao Porto de Maceió, no bairro do Jaraguá. Pela manhã, a categoria decidiu -em assembleia-geral realizada na Praça dos Martírios – pelo descumprimento da determinação judicial e pela intensificação das ações de greve por tempo indeterminado.
Após a deliberação pelo movimento grevista, os policiais civis saíram pelas ruas do Centro de Maceió até a porta do Porto de Maceió, em Jaraguá. Devido à manifestação, os caminhões de carga foram impedidos de entrar no local e o trânsito no entorno ficou congestionado.
A pauta de reivindicação da categoria possui 23 itens. Entre eles, estão o piso salarial de 60% da remuneração dos delegados, a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), o pagamento retroativo das progressões, da implantação imediata das progressões que estão no Atagab-Seplag e o pagamento de risco de vida e de insalubridade, além da melhoria das condições estruturais das delegacias e a retirada dos presos.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), não houve avanço nas negociações com o Governo de Alagoas. Com isso, os policiais pretendem continuar na frente do Porto de Maceió até que o governador Renan Filho apresente uma proposta positiva à categoria.
Conforme dados do presidente do Sindpol, Josimar Melo, o governador Renan Filho possui recursos financeiros para atender a pauta de reivindicações. Com a reforma fiscal (aumento de impostos), o governo arrecadou R$ 2,1 bilhões em três meses (janeiro a março), o que permitiu um superávit de R$ 800 milhões no período.
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