Ministro da Defesa está em Maceió para anunciar a construção do Eixo Quartel, obra de mobilidade urbana a ser realizada no Farol.
Presente em Maceió nesta quinta-feira (5) para o anúncio da cessão de parte da área do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMTz), localizado no Farol, para obras de mobilidade urbana, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, aproveitou para comentar a possível saída da presidente Dilma Rousseff, caso o processo de impeachment seja aprovado no próximo dia 12, no Senado Federal.
Cético quanto à possibilidade, o ministro deixou claro que mesmo que a presidente seja destituída e afastada 180 dias do seu cargo, o investimento da obra do Eixo Quartel, anunciado hoje, não sofrerá com a mudança no ambiente do Executivo. “Nós não fazemos atos que não sejam respaldados em apoio jurídico e institucional, ou seja, não é um ato do ministro e sim do ministério, do Exército, do comando militar do Nordeste. Antecede inclusive a minha presença no ministério, então não vai atrapalhar o desenvolvimento da obra”, destaca o ministro.
Quando questionado sobre possíveis estratégias governistas neste curto período de tempo de modo a evitar o pior e, quem sabe, ganhar a confiança de alguns senadores resistentes que se posicionam contrários ao governo, o ministro desconversou, mas disse alimentar ainda a esperança de permanência. “Só o Senado poderá dar a última palavra e eu como integrante do Executivo não tenho o direito de projetar decisões que o poder Legislativo pode ou deva adotar. No caso de negar a admissibilidade, encerra o processo, se der então mais alguns meses de discussão e debate. Assim minha atribuição é outra, vou cumprir meus ofícios como ministro”, disse.
Pedaladas fiscais
Ainda na última terça-feira (3), uma sessão da comissão de impeachment que durou pouco mais de 12 horas e que teve a participação de professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defenderam que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade.
Agora fica a cargo do colegiado votar em plenária pela apreciação ou não do impeachment. Se aprovado, o processo precisa obter a maioria dos senadores (41 de 81) pela suspensão do mandato.