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PM revela que portões do Rei Pelé foram arrombados e houve superlotação

Público esperado era de 13 mil, mas PM registrou quase 20 mil dentro do estádio.

Reprodução/Alagoas24horas

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A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) revelou, na manhã desta terça-feira (10), vídeos que comprovam um arrombamento por parte dos torcedores do CSA e do CRB a dois portões do Estádio Rei Pelé no último domingo (08), e que teria ampliado o número de torcedores de 13 mil para quase 20 mil, superlotando o local.

A situação é vista pelo tenente-coronel Thúlio Roberto, da Polícia Militar (PM), como crucial para as constantes invasões flagradas pelas equipes de televisão e que culminaram nos atos violentos que deixaram cinco torcedores feridos em campo.  A final do Alagoano entre as duas equipes foi o quinto clássico envolvendo as duas equipes. Em todos os outros jogos, nenhuma invasão de campo foi registrada.

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De acordo com o coronel, a Federação Alagoana de Futebol (FAF) seria entidade encarregada pela contratação de uma equipe que deveria cuidar dos portões de acesso durante todo o tempo do jogo. No entanto, no momento das invasões ao estádio, nenhum responsável foi visto no controle dos portões.

Conforme as imagens apresentadas na coletiva, as torcidas chegaram a invadir o portão 1 [que dá acesso à torcida do CSA] e o portão 4 [que dava acesso à torcida do CRB] sem ter nenhum responsável próximo aos locais.

Do lado de fora, cerca de 1500 pessoas ficaram sem entrar no estádio e parte deste grupo causou tumulto nos portões dos dois lados. Ainda segundo o coronel, o motivo seria o fato de vários torcedores com ingresso da partida terem ficado de fora. A insatisfação e a revolta levaram os grupos a tentarem constantemente invadir o estádio.

Para a partida, a PM mobilizou cerca de 300 militares (entre policiais que operavam dentro e fora do estádio). Ainda segundo o coronel, o estopim que levou as agressões registradas em campo surgiram após o gol do atacante Neto Baiano, que partiu com parte dos jogadores do CRB para “insuflar” a torcida rival.

Ainda segundo a PM, diversos eventos foram registrados durante o jogo e foram controlados normalmente, apesar do número de pessoas. Contudo, a série de invasões se iniciou quando o gol saiu [aos 46 minutos do segundo tempo] e os jogadores fizeram gestos para a torcida rival.

De acordo com a PM, depois da provocação a PM registrou diversos objetos sendo lançados no estádio o que dificultou o trabalho da segurança. “Foram chinelos, rádios e pedras. Essa incitação é proibida pelo código do torcedor, além de ser considerada uma atitude antidesportiva”, complementou Thúlio Roberto.

Por fim, a Polícia Militar garante que o policiamento agiu de acordo com o que foi solicitado e toda ação de resposta aos atos violentos foram rápidas. “O Bope [Batalhão de Operações Policiais Especiais] demorou cerca de 33 segundos para dispersar os agressores dos torcedor do CRB que teve que receber atendimento”, justifica Thúlio Roberto.