O secretário municipal de Saúde José Thomaz Nonô anunciou na manhã desta segunda-feira (16) a reabertura parcial do PAM Salgadinho, no Poço. Oito dos 14 blocos voltam a funcionar depois de seis meses fechado para reforma.
Durante coletiva de imprensa, o secretário informou que o processo de reforma demorou principalmente por haver problemas nos blocos que movimentam muitos pacientes, como o Bloco I, que cuida de pacientes diagnosticados com aids. “Nós conseguimos recuperar rapidamente e nesses blocos não foi necessário redistribuir o pessoal”, diz o secretário.
Todas as outras especialidades tiveram que ter os servidores redistribuídos para outros 68 postos da capital. Os principais blocos: A, B, C, I, J, L, M e N retornaram às atividades normalmente, mas os outros seis blocos que compreendem ainda o Laboratório de Análises Clínicas (Laclin) e de odontologia, por exemplo, ainda não possuem prazo definido para conclusão das obras. “O bloco de odontologia ainda não possui os equipamentos e o Laclin os insumos são caríssimos”, destaca o secretário.
Com isso, o secretário espera que até o final deste ano esses serviços estejam normalizados. “De todos esses o Centro Cirúrgico será o último a receber reformas”, complementa.
Medicamentos
Após a reabertura do PAM Salgadinho, alguns pacientes foram até a unidade de saúde para buscar informações sobre a distribuição de medicamentos. Esse foi o caso do desempregado Luís Carlos Leão, residente no Conjunto Village Campestre, Cidade Universitária. Ele chegou logo cedo ao PAM para buscar informações sobre o medicamento Trileptal (usado no combate à epilepsia). Para surpresa de Luís Carlos, o medicamento não havia chegado, apesar da reabertura.
“É triste isso, são quatro meses que venho aqui e não tem medicamento. Toda vez tenho que desembolsar quase R$ 500 para garantir que meu filho não fique mal”, desabafa.
Luís possui um filho de 22 anos que sofre da doença. Ele informou à reportagem que busca familiares e amigos uma ajuda financeira para poder custear o medicamento que contém 90 comprimidos e dura pouco menos de um mês. “Depois que o PAM fechou para reforma eu tenho tido sempre essa dificuldade”, relembra.
De acordo com o secretário de Saúde, o município dobrou o número de medicamentos e insumos, mas, apesar disso, o município esbarra na judicialização para adquirir sempre novos carregamentos. No caso do Trileptal, a droga estaria “tecnicamente” dentro do prazo de entrega. “É muito difícil você prever o tempo exato da entrega porque esses medicamentos possuem um prazo de validade curto. É impossível ter nos 69 postos permanentemente todo o estoque, até porque as farmácias não possuem estrutura para isso”, destaca o secretário.
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Atualizada às 15h30.