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Secretário de Cultura de Temer participou de ato contra extinção de ministério

Reprodução/TV Globo

Marcelo esteve presente em ato contra a extinção do ministério da Cultura, realizado no Rio, na última segunda-feira.

Anunciado na tarde desta quarta-feira como o novo secretário nacional de Cultura do governo interino de Michel Temer, Marcelo Calero participou, na última segunda-feira, de um ato realizado por artistas e coletivos na entrada do Palácio de Cultura Gustavo Capanema, no Centro do Rio.

Nomes como Marieta Severo, Renata Sorrah, Paula Lavigne e Marco Nanini se reuniram para demonstrar indignação diante da extinção do ministério da Cultura, agora integrado ao MEC (Ministério da Educação e Cultura). Imagens exibidas no “Jornal Nacional”, da TV Globo, mostram Calero sentado entre os presentes no debate.

À frente da secretaria municipal desde janeiro, Marcelo tem 33 anos. Estudou Direito na Uerj e, em 2005, ocupou seu primeiro cargo público, na Comissão de Valores Mobiliários (CMV). Em 2006, foi para a Petrobras e, no ano seguinte, partiu para a carreira diplomática, no Departamento de Energia do Itamaraty e na Embaixada do Brasil no México. Em 2013, passou a fazer parte do núcleo de assessoria internacional da prefeitura do Rio até presidir o Comitê Rio 450.

Agora, Calero enfrenta a missão de assumir uma das pastas mais polêmicas do governo Temer. Após a decisão inicial de simplesmente extinguir o ministério da Cultura, incorporando suas atribuições ao ministério da Educação, Temer decidiu transformar a pasta em secretaria nacional vinculada ao MEC. A ideia, a princípio, seria escolher uma mulher para ser secretária de Cultura, sendo uma espécie de tampão às críticas feitas pela ausência de figuras femininas no primeiro escalão do governo.

No entanto, Temer e sua tropa acumularam seis recusas: a jornalista Marília Gabriela, a ex-secretária de Cultura do Ceará, Claudia Leitão, a consultora de projetos culturais Eliane Costa, a atriz Bruna Lombardi, a cantora Daniela Mercury e até a atriz Fernanda Montenegro.

Na noite desta terça-feira, Temer se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que aconselhou o presidente interino a recuar da decisão e reconduzir a pasta da Cultura ao status de ministério. No entanto, a decisão final de Temer foi ratificada, com a escolha de Calero, enfim, encerrando a novela.

Durante toda a tarde desta quarta-feira o Extra tentou entrar em contato com o novo secretário nacional de Cultura, sem obter sucesso.