Na nova chamada, brasileiros formados no exterior podem se eleger para uma das 282 vagas que não foram ocupadas pelos médicos com registro no país
Brasileiros formados no exterior têm nova chance para ingressar no Programa Mais Médicos. As 282 vagas não ocupadas por médicos brasileiros no edital de reposição em curso serão ofertadas a esses profissionais. Os médicos interessados devem se inscrever por meio do site de gerenciamento do Programa até o dia 1° de junho. Os médicos brasileiros com CRM do Brasil tiveram, como sempre, prioridade na alocação conforme suas preferências de município, tendo ocupado 79,5% das oportunidades ofertadas.
Os médicos intercambistas, ao contrário dos formados no país, passam por período de acolhimento – destinado à avaliação e ao treinamento desses profissionais – que deve ocorrer em julho. Após a aprovação neste módulo, os profissionais seguem para os municípios, e iniciam as atividades em agosto. Caso sobrem vagas após esta etapa da seleção, serão abertas inscrições para médicos estrangeiros formados no exterior.
REPOSIÇÃO – O Ministério da Saúde garante a reposição constante de todas as desistências, por meio de editais trimestrais para preenchimento dessas vagas. No primeiro edital de reposição, lançado em julho de 2015, foram ofertadas 276 vagas, no segundo, em outubro de 2015, 326, e no terceiro, em janeiro de 2016, 1.173. A tendência é que o número de vagas desocupadas passe a coincidir com o quantitativo de médicos que completam seus períodos de atuação, de um ou três anos. Todas as vagas dos editais de reposição já encerrados foram ocupadas por médicos com CRM do Brasil.
No primeiro chamamento de 2015, os médicos brasileiros ou brasileiros graduados no exterior preencheram todas as 4.139 oportunidades ofertadas. Com a expansão, o programa conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.
SOBRE O PROGRAMA – Criado em 2013, o Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. O programa conta com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas. Somando com os residentes em Medicina de Família e Comunidade, esse número chega a 65 milhões de brasileiros beneficiados.
Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e expansão da formação médica no país. No eixo de infraestrutura, o governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS. Destas, já foram autorizadas 5.849 vagas de graduação e 7.782 vagas de residência.