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Pesquisadora contrai zika durante experimento nos EUA

Televisão americana diz que ela se furou com agulha em experimento. Cientista da Universidade de Pittsburgh voltou ao trabalho em cinco dias.

Ilustração

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Uma pesquisadora de um laboratório dos Estados Unidos voltou ao trabalho depois de contrair o vírus da zika se furando com uma agulha durante um experimento no mês passado, informou a rede de televisão norte-americana ABC News na quinta-feira (9).

Não existe vacina nem tratamento para o zika, que é um primo próximo de doenças como dengue e chikungunya e que causa febre amena, irritações cutâneas e vermelhidão nos olhos. Cerca de 80% das pessoas infectadas não apresentam sintomas.

A pesquisadora não identificada da Universidade de Pittsburgh se contaminou em 23 de maio e exibiu sintomas no dia 1º de junho, retornando ao trabalho cinco dias depois, quando não tinha mais febre, noticiou a ABC News, citando um comunicado da instituição de ensino.

Nenhuma autoridade da universidade estava disponível de imediato para comentar.
O incidente representa o quarto caso confirmado de zika no condado de Allegheny, informou o departamento local de saúde, sem dar detalhes do ocorrido.

“Apesar deste incidente raro, ainda não existe na atualidade nenhum risco de se contrair zika dos mosquitos no condado de Allegheny”, afirmou a diretora do departamento, Karen Hacker, em um comunicado.

Autoridades de saúde dos EUA concluíram que as infecções de zika em gestantes podem causar microcefalia, uma malformação craniana. A relação do zika com casos de microcefalia em bebês foi registrada pela primeira vez no Brasil no ano passado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse haver um forte consenso científico de que o zika também pode provocar a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica rara que causa paralisia temporária em adultos.