O pedido de soltura do acusado de matar o empresário Guilherme Brandão foi negado na manhã desta quarta-feira (15), pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).
Com isso, o réu Marcelo dos Santos Carnaúba será levado a júri popular em data ainda não pronunciada pela Justiça. Até lá, ele permanece preso.
Marcelo confessou o crime ainda em 2014, após alegar ter entrado em vias de fato com a vítima. O réu é suspeito de ter desviado quantias em dinheiro de contas do Maikai, onde trabalhava, o que fez com que o empresário ficasse irritado e questionado por diversas vezes.
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Ainda em setembro de 2015, o réu foi pronunciado por homicídio duplamente qualificado. Desde então a sua defesa tenta não levar o acusado a júri popular, onde ingressou com o recurso no TJ-AL.
A defesa ingressou com recurso em sentido estrito requerendo o reconhecimento do homicídio privilegiado (aquele cometido sob domínio de violenta emoção); a exclusão das qualificadoras, a substituição da prisão preventiva do recorrente por medidas cautelares e a absolvição do réu pelo crime de fraude processual. Nenhum dos pedidos, no entanto, foi deferido pela Câmara Criminal, que manteve na íntegra a sentença de pronúncia.
Relembre o caso
O proprietário da casa de show Maikai, Guilherme Paes Brandão, foi morto com um disparo de arma de fogo dentro do estabelecimento no dia 26 de fevereiro de 2014.
No dia do crime, as informações eram de que o empresário estava acompanhado de um gerente do estabelecimento, identificado como Marcelo dos Santos Carnaúba, quando foi assassinado por um dupla criminosa. Os acusados teriam invadido o local, anunciado o assalto e levado R$ 2 mil. Na saída, um dos elementos efetuou um disparo contra o empresário, que morreu no local.
Contudo, após as investigações, a Polícia Civil descobriu que o autor dos disparos foi o gerente do local, Marcelo Carnaúba.
O acusado contou em depoimento que estava indo embora e Guilherme teria dito que iria junto para tirar satisfações sobre a acusação acerca do incêndio ocorrido no Maikai. No momento em que Guilherme virou as costas, Carnaúba atirou.
Marcelo garante que se arrependeu e que ainda tinha esperanças de que ainda estivesse vivo, por isso, sustentou a tese de assalto e escondeu as provas do crime (arma e balas) em um envelope na caixa de energia.