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Em pronunciamento, deputado Marquinhos Madeira repudia ação policial na Assembleia

Parlamentar agradeceu apoio dos colegas parlamentares.

Ascom

Deputado estadual Marquinhos Madeira

Em seu discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Alagoas, nesta terça-feira (19), o deputado Marquinhos Madeira (PMDB) repudiou a proporção da operação policial comandada pelo delegado Denilson Albuquerque na última semana, para conseguir uma cópia de um atestado médico apresentado em 2012 – legislatura anterior. Durante seu discurso, Madeira afirmou estar sofrendo perseguição política.

O parlamentar reafirma que é de causar muita estranheza como a ação foi coordenada, com tanto aparato policial e notoriedade dada na mídia pelo delegado, e após quase quatro anos, ele não ter sido convocado oficialmente a prestar esclarecimentos.

“Porque justo agora, às vésperas de um julgamento no TRE onde a acusação se baseia, em resumo, em denúncias realizadas por meio de ligações a um programa de rádio de União dos Palmares, e um suposto pedaço de papel contendo um número, reacenderam esse assunto? Quem ganharia com isso?”, questionou.

Para ele, as circunstâncias em que ocorreram a operação e a forma como ela foi conduzida dentro do parlamento deixa evidente o interesse de pessoas que se beneficiariam com uma eventual condenação. “Não sou bandido, nem tampouco cometi crime de improbidade, estelionato e/ou falsificação, muito pelo contrário, sou um legítimo representante dos alagoanos, reeleito com mais de 26 mil votos”.

Uma foto, utilizada pelo delegado como prova para apontar as acusações contra o deputado, também foi alvo de questionamentos. “Se apegaram a uma foto onde eu estava numa festa de comemoração após o término de uma competição de rally. Sequer me recordo se foi nessa mesma época da minha licença, e se foi, qual o motivo para tanto alarde? Quer dizer que os milhares de trabalhadores que apresentam atestado médico em suas empresas, precisariam ficar hospitalizados? Impossibilitados de sairem às ruas? Isso é uma mostra clara de perseguição, onde a autoridade policial usou o Estado e o espaço nos mais diversos veículos de comunicação, para fazer um show midiático”.

Por fim, o deputado afirmou que a Assembleia Legislativa sempre esteve aberta ao diálogo e transparência, recebendo inúmeras instituições, sindicatos e categorias para discutir as mais diversas pautas, e que dessa vez não seria diferente, se tivesse sido convocada a prestar todos e quaisquer esclarecimentos.

“Considero que a ação foi abusiva, causando pânico nos servidores às 8h da manhã, usando um efetivo de 40 policiais para pegar um documento que desde 2012 encontra-se na Casa, documento este que seguiu todos os trâmites legais do Regimento e que possui assinatura e carimbo do médico responsável. Então pergunto, é ou não é de se causar estranheza todo esse show? Sou deputado há dois mandatos, filho, marido e pai, ví meu nome sendo irresponsavelmente e injustamente noticiado pela mídia, recebi inúmeras ligações, e inclusive, quero aqui agradecer aos meus companheiros que com coerência e sensatez, também se solidarizam comigo e exigiram o respeito que esta Casa merece”, concluiu.