A informação foi repassada pelo delegado da PF, Roberto Laureano Curi, que preside as investigações. De acordo com Laureano, nos papéis consta que o município teria recebido o benefício. “Isso ocorreu entre julho e outubro de 2015, durante um período de greve dos servidores e continuou a fornecer os alimentos”, disse o delegado.
O crime ocorreu durante a atual gestão do prefeito Antônio Teixeira de Almeida (PMN), que assumiu no lugar de Roney Tadeu Valença (PMDB), afastado do cargo por ordem judicial há quase três anos. No entanto, o delegado informa que secretários e prefeitos não foram detidos. “No primeiro momento não temos secretários e prefeitos envolvidos, mas suas condutas serão investigadas”, garante.
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O rombo total das cidades investigadas, ainda segundo o delegado, chega à casa dos R$ 12 milhões. Tanque d’Arca, Ibateguara, Roteiro, Girau do Ponciano e Traipu foram inquiridas na ação da polícia que cumpriu 20 mandados de busca e apreensão, além de outros 15 de condução coercitiva.
Cerca de 20 empresas que prestaram serviços aos municípios serão indiciadas pelos crimes de falsidade ideológica e fraude do processo licitatório. Todas as firmas operam em Maceió. “Identificamos diversas irregularidades nesse processo como superfaturamento, jogo de planilha, empresas fantasmas e sócios ocultos. Em quase todas elas percebemos que havia ainda certo grau de parentesco e privilégios nas licitações”, diz o delegado.