A Polícia Federal prendeu nesta manhã o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, num condomínio na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, onde já cumpria prisão domiciliar. Ele foi levado para a sede da PF, na praça Mauá, no centro, de onde seguirá para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste.
A prisão do ex-presidente da Eletronuclear ocorre no âmbito da Operação Pripyat, deflagrada no início da manhã desta quarta-feira (6). O nome da operação é uma referência à cidade ucraniana onde ocorreu o acidente nuclear de Chernobyl. A ação é executada em conjunto com o Ministério Público Federal e tem como objetivo desarticular organização criminosa que atuava na Eletronuclear.
A operação envolve 130 policiais federais que cumprem, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, seis mandados de prisão preventiva, outros três de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 26 mandados de busca e apreensão de pessoas envolvidas em irregularidades no processo de licitação de obras da Usina Nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense.
Expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, os mandados atingem seis funcionários da Eletronuclear, que integravam o “núcleo operacional das fraudes”, e tiveram a prisão preventiva decretada, além do ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva. As investigações da PF constataram a existência de um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3.
A Operação Pripyat apura os crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, sendo um desdobramento da 16ª fase da Operação Lava Jato, denominada Radioatividade.