Evento reuniu empresários, entidades representativas e lideranças sindicais para um Café da Manhã, nesta quarta Em comemoração ao Dia do Comerciante, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL) ofereceu aos empresários, entidades representativas e lideranças sindicais um Café da Manhã, nesta quarta-feira (dia 13), no Hotel Jatiúca. Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de conferir a palestra Motivação e Atitude em Dose Dupla, com Bruno Miranda e Emerson Tokarski.
A iniciativa da Federação, além de ser uma homenagem aos empresários, visa estimulá-los a perseverar diante das adversidades trazidas pela crise, como afirmou o presidente da Fecomércio, Wilton Malta. “Hoje é o momento de lembrar o Dia do Comerciante, já que não podemos comemorar devido a atual conjuntura econômica. Em Alagoas, mais de 1.300 empresas encerraram suas atividades e 20 mil colaboradores foram demitidos. Já passamos por outras crises, mas essa veio um pouco diferente, pois se soma a ela uma crise institucional do governo; política e ética. Mas apesar das dificuldades, não acreditamos que é o momento de cruzar os braços, mas sim de trabalhar”, afirmou.
Para Malta, o conhecimento adquirido durante anos no comércio deve ser colocado em prática para superar essa fase, mas é preciso também exigir compromisso dos poderes públicos constituídos. “Precisamos exercitar nossa cidadania. Dizer que não podemos ou que não nos cabe fazer alguma coisa é errado. Vivemos em um país democrático e é também nossa responsabilidade contribuir para seu crescimento. Nesses quase 70 anos, o Sistema Fecomércio tem feito isso. E não será diferente daqui para frente. Vamos dar as mãos aos empresários e ajuda-los a passar por mais esse momento”, disse, fazendo alusão à atuação da Fecomércio, Sesc e Senac em Alagoas.
PALESTRA
Para renovar o ânimo do empresariado, os palestrantes Bruno Miranda e Emerson Tokarski trabalharam o tema Motivação em Dose Dupla de forma descontraída e com dinâmicas, defendendo que apesar da palavra ‘crise’ ser uma das mais ouvidas ultimamente, esse é o momento de fazer a diferença. Em toda crise existe oportunidade. A questão é: o que eu posso fazer para sair da crise ou por que entrei na crise? Será que não tem uma parcela de responsabilidade minha nesse processo? Como profissionalizei minha empresa e como foi meu planejamento? Será que me preparei como devia?”, reflexionou Bruno ao mesmo tempo em que ponderou que “tudo passa”, tanto os bons momentos quanto nas dificuldades. “No momento de bonança, aproveite e veja o que está fazendo de bom que te leva a ascensão. Na crise, repense e ajuste atitudes para superar as adversidades”, aconselhou.
Os palestrantes falaram sobre como um comportamento negativo adotando uma postura de reclamação afeta as relações profissionais, além da pessoal. Citando o Japão como modelo em superação, pois apesar de devastado pela Segunda Guerra Mundial conseguiu se reerguer em menos de 50 anos e que mesmo com uma área geográfica menor do que o território de Mato Grosso do Sul (MS) produz três vezes mais do que o Brasil, focaram na preocupação de investir em capital humano e manter uma qualidade de vida para que as pessoas possam produzir.
Nesse contexto, a adoção de atitudes positivas foi estimulada pelos especialistas, que ressaltaram a importância do setor terciário para a economia, sendo responsável por mais de 72% do Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas. “É a busca por um melhoramento contínuo. O empresário deve se perguntar o que pode fazer melhor hoje que não fez ontem. Se a cada dia melhorar 1% de seu desempenho, imagina a transformação que pode realizar ao longo de um ano”, asseverou Tokarski. Para ele, o empresário deve estar sempre atento às opiniões dos clientes. “Ao invés de achar ruins as reclamações, agradeça, porque quando o cliente não reclama para você, reclama nas redes sociais. Então a primeira coisa é estabelecer canais de comunicação. A segunda é levar em consideração as opiniões de seus consumidores. Claro que terá quem reclame sem fundamento, mas sempre existirão aqueles cujas observações auxiliarão a promover melhoras”, observou.
Entre as características que um líder deve te r, os palestrantes pontuaram conhecimento, habilidade e atitude. Para eles, a habilidade pode ser desenvolvida e conhecimento obtido, mas os dois juntos, sem atitude, não geram resultados. Reflexo disso é o fato de que 89% das demissões ocorrem por falta de atitude, enquanto 11% acontecem por falta de competência.
Além dessas características, o empresário deve encantar seu cliente e inovar com atitudes que o cativem, mas sem descuidar dos colaboradores, cujos comportamentos, em geral, refletem a liderança a qual estão subordinados. Citando Robert Bonar, reforçaram a necessidade da auto liderança. “Antes de liderar pessoas, empresas, organizações, aprenda a ser o líder da sua própria vida. É preciso saber se auto liderar para poder agir sem impulso, conduzir a empresa e conquistar resultados positivos”, pontuou Miranda.