O delegado Robervaldo Davino, titular do 6º Distrito Policial (DP), informou, na manhã desta quarta-feira (20), que indiciou Edilma Farias da Silva Lopes e Estephany Raiany Farias da Silva, mãe e filha, acusadas de aplicar golpe contra a família de paciente internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Geral do Estado (HGE).
O golpe ocorreu em janeiro deste ano, quando a família recebeu uma ligação telefônica que informava o quadro clínico do enfermo e exigia um depósito bancário para custeio de exames clínicos.
A vítima Lucélia Lopes da Silva depositou de R$ 1.500,00, depois de ter recebido o telefonema.
Com a denúncia, várias diligências foram realizadas no hospital e no banco. As investigações levaram a Edilma Farias é titular da conta bancária repassada para depósito e Estephany Raiany responsável pela movimentação financeira.
Segundo Robervaldo Davino, as duas moram em Rondonópolis e foram ouvidas pelo delegado do Mato Grosso, Gustavo Colognesi Belão.
“Assim que identificamos que a conta bancária era verdadeira, pertencia a uma agência daquela cidade e que existia movimentação financeira, entramos em contato com a delegacia especializada em roubos e furtos do Mato Grosso e por carta precatória Edilma e Estephany prestaram depoimento”, esclareceu.
Ao ser ouvida pela polícia, Estephany Raiany informou que foi procurada por um homem apenas conhecido como “Digão”, com proposta para ceder uma conta bancária, que seria usada para depósitos.
Ela efetuava saques de 70% dos valores, repassava para “Digão” e ficava com os outros 30%, mas disse que não o conhecia e nem sabia endereço, nem seu nome completo.
Robervaldo Davino afirmou que nesta conta bancária existiram muitos depósitos, dentre eles, um no valor de R$ 30 mil. Mãe e filha vão responder por estelionato e extorsão mediante fraude.
De acordo com o delegado, outros dois casos foram registrados no 6° DP e alerta a população para que não realizem esses depósitos e que procurem a Polícia Civil para denunciar, caso recebam este tipo de ligação telefônica.
No momento, policiais civis investigam a terceira pessoa envolvida no golpe, responsável pelas ligações e que recebia a maior parte dos depósitos.