Unidade de AVC do HGE completa um ano com mais de 300 atendimentos

A Unidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC) do Hospital Geral do Estado (HGE) completou um ano e o serviço já atendeu mais de 300 pacientes. Com uma proposta de cuidado multiprofissional para o tratamento emergencial da doença, o serviço tornou-se uma referência para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Unidade de AVC do HGE foi inaugurada com o propósito de atender a uma demanda que já existia no hospital, segundo ressaltou a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska. “Por conta dessa necessidade assistencial e do potencial que acreditávamos que o HGE possuía, abrimos a Unidade com dez leitos. A existência de centros especializados para tratamento da doença é fundamental”, ressaltou.

Neste primeiro ano de funcionamento, a Unidade de AVC do HGE já proporcionou vários impactos positivos na assistência ao paciente. “Após a implantação do serviço, um dos avanços foi a redução da média de internação dos pacientes de 21 para 10 dias, o que permite aumentar o número de pessoas com AVC atendidas”, afirmou coordenadora da Unidade de AVC do HGE, Simone Silveira.

O AVC é considerado a maior causa de mortalidade no mundo e a principal doença relacionada com incapacidades, segundo estudos realizados por especialistas. Aproximadamente 10% dos pacientes morrem no primeiro mês após o problema. Ao todo, cerca de outros 40% morrem no primeiro ano após o AVC. Esses dados foram apresentados em uma vídeo aula do médico neurologista Alexandre Pieri, no HGE.

De acordo com a médica Simone Silveira, coordenadora da unidade, o serviço é de extrema relevância porque garante a assistência exclusiva para os pacientes acometidos pelo AVC. “O foco da unidade é o tratamento do acidente vascular em seu estado agudo, nos primeiros 14 dias, considerados críticos”, evidenciou.

Agilidade

Ainda de acordo com Simone Silveira, assim que der entrada no HGE, com o AVC instalado em até 4 horas e meia, o paciente receberá o trombolítico. “Ele representa o medicamento que dissolve o trombo que obstrui a artéria, que auxiliará a recuperação e minimizará possíveis sequelas”, informou.

A atuação de uma equipe multiprofissional é fundamental e é um dos principais fatores que garantem a qualidade do atendimento no HGE, segundo a médica. ”A complexidade do paciente com AVC implica na necessidade e utilização de múltiplos saberes, coordenados para definição do melhor tratamento. Por isso, médicos, profissionais de enfermagem, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais estão envolvidos na assistência”, enfatizou.

Fatores de Risco

Alexandre Pieri mostrou que 80% das pessoas que têm um AVC são atendidas em hospitais públicos. Ele ressaltou os fatores de risco suscetíveis para desenvolver a doença, entre eles a hereditariedade, pressão arterial, diabetes, sobrepeso, tabagismo, doenças cardíacas, ausência de atividades físicas, alcoolismo e estresse.

Fonte: Ascom/Sesau

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