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Acusados de trocar tiros com a polícia eram cantores de rap

Um dos suspeitos faria aniversário em dois dias.

Reprodução/Facebook

Thiago Mesquita faria aniversário em dois dias

Foi trágico o fim de três jovens acusados de assaltar um policial militar e trocar tiros com a polícia na noite desta terça-feira (26). Dois dos acusados eram integrantes de uma banda de rap, a Pacto Verbal. O Alagoas 24 horas teve acesso a informações dos jovens que denotam um passado pacato, sem antecedentes criminais.

Apesar disso, eles se envolveram no ‘mundo do crime’ e foram mortos durante um confronto com policiais da Radiopatrulha, no bairro de Bebedouro. Os PMs interceptaram o Celta preto, de placa NMD-0406, que pertence a um subtenente da polícia militar e que havia sido roubado momentos antes, no bairro do Jacintinho.

Na versão da polícia, houve confronto e na troca de tiros os três suspeitos acabaram mortos. Dentro do carro, a polícia diz ter encontrado a pistola do policial, sem munição, e um revólver com capacidade para seis munições, todas deflagradas.

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Kellysson Jamersson

Thiago Santos Mesquita, de 27 anos, tinha, além do rap, outras paixões na vida. Ele integrava a torcida organizada Mancha Azul, era estudante e faria aniversário em dois dias. Negro, pobre e morador da periferia, Thiago não tinha processos contra ele segundo a página eletrônica do Tribunal de Justiça de Alagoas. Kellysson Jamersson, o Kelinho, de 29 anos, também era rapper e integrante da Pacto Verbal. Contra ele também não há nenhum processo no TJ.

O mesmo acontece com Bruno Feijó da Silva, de 25, sem antecedentes. O jovem trabalhava comercializando bebidas com o pai nos fins de semana. Durante a semana ele trabalhava com um chaveiro. O pai de Bruno, José Bernardes, relata que acredita que a participação do filho tenha sido a de conduzir o automóvel. “Ele era o único dos três que sabia dirigir”. O sepultamento de Bruno será em Rio Largo, onde ele residia antes de vir para Maceió morar com amigos.

As famílias dos jovens choram a perda e aguardam a liberação dos corpos em frente ao Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, em Maceió. É também dos familiares a informação de que trio não tem passagem pela polícia.

Um combatente da Polícia Militar também se feriu, foi medicado e liberado em seguida.

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