Durante a missa no santuário de Jasna Gora, em homenagem a Nossa Senhora de Czestochowa, na Polônia, o papa Francisco acabou caindo no altar montado para a celebração nesta quinta-feira (28). O incidente aconteceu enquanto o Pontífice estava se aproximando da imagem da santa pintada em um quadro com os incensos. Jorge Mario Bergoglio, que tem 79 anos, se levantou rapidamente e contou com a ajuda de dois religiosos. O papa não se machucou e retomou a celebração normalmente.
O papa Francisco chegou nessa quarta-feira à Polônia e pediu ao governo do país para se mostrar disposto a receber “aqueles que fogem da guerra e da fome”, no seu primeiro discurso em Cracóvia, perante autoridades polonesas, no Castelo Real de Wawel.
Francisco ficará na cidade polonesa até o próximo domingo para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2016 e, em seu primeiro ato, foi ao Castelo Real para uma reunião com o presidente polonês, Andrzej Duda.
O pontífice pediu aos governantes para que evitem a emigração de seus compatriotas, mas também se abram aos refugiados. “Deve-se identificar as causas da emigração na Polônia, facilitando o retorno daqueles que desejam, mas, ao mesmo tempo, é preciso haver disposição para receber os que fogem da guerra e da fome, solidariedade com os que estão sendo privados de seus direitos universais, inclusive exercer, livremente e com segurança, sua própria fé”, afirmou.
Em contraste com outros países europeus, a Polônia se nega a acolher um número elevado de refugiados vindos de regiões em crise, como Síria, Iraque e Afeganistão.
Francisco pediu aos governantes “colaborações e sinergias internacionais para encontrar soluções para os conflitos e guerras, que obrigam muitas pessoas a deixar suas famílias e sua pátria”.
A figura de São João Paulo 2º foi a primeira citada por Francisco, ao explicar que o papa polonês foi o promotor da Jornada Mundial da Juventude e que sempre destacava a história dos povos para “ressaltar sua humanidade e espiritualidade”.
Andrzej Duda: “O mundo necessita de valores e fé”
Em seu discurso de boas-vindas, o presidente polonês disse que “o mundo está necessitado dos valores e da fé que o pontífice encarna”.
“Fico feliz que este encontro se desenvolva na cidade de João Paulo 2º, o local de onde decidiu servir como chefe espiritual do mundo”, destacou Duda. O chefe do Estado polonês lembrou em várias ocasiões a figura de Karol Wojtyla, o precursor da Jornada Mundial da Juventude.
Duda também citou a visita de João Paulo 2º a Varsóvia em 1979, “quando pronunciou palavras que ficaram para a história: que o Espírito desça e renove a face da Terra”.
“No ano de 1979, essas palavras anteciparam a mudança política que a Polônia viveu posteriormente, quando as autoridades que eram inimigas da fé, que assassinavam e perseguiam os sacerdotes, foram embora, e os poloneses recuperaram a liberdade”, acrescentou.