O motorista Marcelo Olanda Bezerra tinha 32 anos quando foi assassinado a tiros no dia 6 de maio de 2015.
Acusado já estava preso no sistema penitenciário
O morador sertanejo Juesly da Rocha Lopes foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão pelo crime de homicídio contra o ex-motorista Marcelo Bezerra. O caso aconteceu em maio do ano passado, na cidade de Santana do Ipanema.
O julgamento do acusado aconteceu durante quase todo o dia desta quinta-feira (28) no Fórum Desembargador Hélio Cabral de Vasconcelos. Os trabalhos foram comandados pelo Juiz Diego Araújo Dantas.
A acusação foi representada pelo Promotor de Justiça, Luiz Tenório de Almeida. Já a defesa ficou por conta dos advogados Joanisio Pita de Omena Junior, Clisthenes Barbosa da Silva e Thayse de Paula Araújo Simas de Omena.
Após longas explanações, os jurados aceitaram quase que completa a denúncia feita pelo Ministério Público contra Juesly. Eles rejeitaram a tese da defesa, que alegava legitima defesa por parte do acusado.
Na sentença completa é exposto que Juesly teve uma pena-base de 17 anos de reclusão, entretanto, o magistrado diminuiu a mesma em 1/6 (um sexto) em face de provas apresentadas pela defesa.
O juízo determinou também o cumprimento inicial da pena em forma de regime fechado, bem como negou que o réu pudesse recorrer da pena em liberdade. Ao final da leitura, a defesa se manifestou já sinalizando para o recurso contra a decisão do júri.
Juesly da Rocha Lopes estava preso, em cumprimento a um mandado de prisão preventivo, desde o ano passado.
Relembre o caso
O motorista autônomo Marcelo Olanda Bezerra tinha 32 anos quando foi assassinado a tiros no dia 6 de maio de 2015. O fato aconteceu na Rua Belmira Brandão, bairro do Monumento, a poucos metros da 2ª Delegacia Regional de Polícia (DRP).
Segundo inquérito da Polícia Civil, a vítima foi abordada por duas pessoas, uma delas Juesly, que efetuou vários disparos contra o morador do Distrito de Areia Branca. Marcelo ainda tentou escapar, entretanto, não conseguiu resistir aos ferimentos e faleceu no local.
A motivação do crime, segundo as investigações, teria sido um desentendimento por causa de trânsito, ocorrido minutos antes do crime. Ao ser preso Juesly confessou o crime.