Direitos humanos, poluição e prostituição: Rio apanha nos grandes jornais do mundo

ESPN.COM.BR/REPRODUÇÃOBRasil

A dois dias da cerimônia de abertura, os Jogos Olímpicos do Rio 2016 já ganharam posição de destaque nos principais jornais do mundo. Na cobertura da imprensa internacional, contudo, o Brasil que mostra sua cara é o que sofre com desrespeito aos direitos humanos, poluição e prostituição.

No “The Guardian”, uma das mais respeitadas publicações britânicas, o destaque sobre a Olimpíada nesta quarta-feira é: “Como o Rio perdeu a medalha de ouro pelos direitos humanos”. No texto, entrevistas com membros da Anistia e Transparência Internacional e estatísticas sobre mortalidade e desocupação.

“Entre uma avalanche de estatísticas, uma se destaca: desde 2009, quando o Rio foi escolhido (como sede) em Copenhague entre lágrimas de orgulho e otimismo do então presidente Lula e do ex-jogador Pelé, houve mais de 2.600 assassinatos cometidos pela polícia no Rio”, destaca o jornal britânico.

“A revitalização desta extensa, linda e desintegrada metrópole está claramente atrasada. Conduzidos da maneira correta, os grandes eventos poderiam ter sido parte do catalisador para isso, mas a maneira com que isso foi feito não beneficiou seus habitantes mais pobres”, segue a publicação mais adiante.

Já no norte-americano “The New York Times”, a poluição na Baía de Guanabara segue sendo assunto, como no texto “Velejadores na Baia de Guanabara são adeptos em se esquivar de detritos e contornar esgoto” desta quarta. Ian Andrewes, técnico da equipe de vela do Canadá, é um dos entrevistados.

A poluição também é abordada no “Le Monde”, da França, com um vídeo de um repórter navegando nas águas da Baia de Guanabara, flagrando lixo boiando. “No Rio, os Jogos são (mal) feitos. Muitas vozes criticam a faltas de preparação da Olimpíada, a poucos dias da abertura”, destaca, em sua capa.

No “Washington Post”, outro respeitado jornal dos Estados Unidos, há um resumo de problemas relacionados à “mobilidade”: os protestos no revezamento da tocha olímpica no Rio de Janeiro, o ciclista sul-coreano que foi atropelado por um carro enquanto treinava e a ameaça de bomba em um VLT.

O “El País”, da Espanha, tem, desde terça-feira, uma reportagem sobre prostituição. O tom não é crítico, mas o jornal expõe uma rede de prostituição no Rio, perfilando jovens que deixaram seus estados, “transam por dinheiro, detestam seu trabalho e vieram ao Rio para fazer uma pequena fortuna durante os Jogos”.

“A prostituição não é crime no Brasil e está reconhecida pelo Ministério de Trabalho desde 2012, mas o que os sócios da casa fazem é considerado crime de rufianismo, que contempla o lucro com a prostituição alheia”, escreve o jornal ao citar o responsável por contatar e abrigar as mulheres no Rio.

Fonte: ESPN

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