Atacante foi aplaudida na vitória sobre a China e disse esperar ainda mais apoio contra a Suécia, no sábado
Quatro vezes eleita a melhor jogadora do mundo pela Fifa, a atacante Marta é a estrela máxima do futebol brasileiro. Nem precisava, mas outras provas de seu carisma foram dadas na tarde desta quarta-feira, 3 de agosto. Primeiro, quando ela foi aplaudidíssima ao ser substituída, na segunda metade do segundo tempo da partida de estreia da seleção feminina nos Jogos Olímpicos Rio 2016, uma vitória tranquila por 3 a 0 sobre a China. Depois, quando parou por mais de dez minutos para atender a dezenas de fãs que se aglomeravam diante da grade que separa a garagem do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, da rua. Munidos com celulares, todos queriam uma selfie com Marta. E ela atendeu um por um, pegando os celulares pela grade.
Em campo, fez a jogada que resultou no segundo gol brasileiro, de Andressa Alves – os outros dois foram da zagueira Mônica e de Cristiane, artilheira do Brasil em Jogos Olímpicos, com 13 gols. “É fantástico ver essa torcida. Teve um momento em que a China tentou crescer e a torcida percebeu, entrou em cena, gritou. Foi o 12º jogador, como dizem. E a gente espera muito mais no próximo jogo, contra a Suécia”, disse Marta, que surpreendentemente sofreu menos com a ansiedade do que nas primeiras três edições de Jogos Olímpicos de que participou, em 2004, 2008 e 2012. “As mais experientes já estão calejadinhas, não senti tanta ansiedade. A gente conversa com as mais novas para que elas também não sintam. Hoje, quando a Debinha entrou, eu falei logo: ‘Vai dentro!’, para ela já sentir o incentivo'”.
Apesar de também estar em sua quarta olimpíada, Cristiane admite que sentiu um friozinho na barriga por ser em seu país. “Mas foi um frio na barriga gostoso, de saber que as pessoas pegaram suas famílias e saíram de casa para torcer pelo futebol feminino”, disse ela, que analisou o próximo adversário: “A Suécia tem mais força física do que a China e vai tentar se aproveitar disso. Não podemos dar mole”, comentou.
Marta, que joga na Suécia há quatro anos, é considerada uma arma. “Ela certamente vai nos trazer informações sobre essas jogadoras. Mas o mais importante não são nem as informações que a Marta traz. O mais importante é que a Marta está do nosso lado”, afirmou o técnico Vadão em entrevista coletiva após a partida.
A seleção brasileira volta a campo no próximo sábado, 6 de agosto, às 22h (horário de Brasília), contra a Suécia, novamente no Engenhão.