Uma mulher foi morta e cinco outras pessoas foram feridas a faca na noite de quarta-feira por um homem com possível problemas mentais no centro de Londres, em um ataque que segundo a polícia pode ser ligado a terrorismo.
A polícia armada foi chamada às 22h33 (horário local), após um homem começar a atacar pessoas com uma faca na Russell Square, em Londres, um parque próximo ao local de um ataque suicida em 2005.
“Indícios preliminares sugerem que doença mental foi um fator neste ataque terrível”, disse o comissário assistente da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Rowley.
“Estamos mantendo a mente aberta quanto ao motivo”, disse Rowley, que é o principal policial britânico antiterrorismo. Mais cedo ele havia dito que uma linha de inquérito é que o terrorismo foi uma causa.
A polícia, que chegou cinco minutos depois de ser chamada, usou uma pistola de choque elétrico para deter o suspeito de 19 anos, que mais tarde foi preso formalmente por suspeita de assassinato.
A investigação está aos cuidados da unidade de homicídios com apoio de agentes de contraterrorismo, informou Rowley.
A vítima foi tratada no local do ataque, mas declarada morta pouco tempo depois. Os feridos –uma mulher e quatro homens– receberam cuidados em um hospital, e mais tarde três foram liberados.
A polícia interditou a parte sul da praça, que se localiza no coração da área universitária de Londres e fica próxima de marcos como o Museu Britânico, durante várias horas para que peritos forenses examinassem a cena do ataque.
Mais tarde funcionários limparam o sangue da calçada.
O Reino Unido diz que seu nível de ameaça de ataque terrorista continua “grave”, o segundo nível mais alto, o que significa que um atentado é “altamente provável”. A polícia já havia prometido mobilizar mais agentes armados na capital em reação a uma série de ataques mortíferos na França, Alemanha e Bélgica.
Os ataques em toda a Europa intensificaram as tensões entre algumas comunidades, despertaram dúvidas sobre as políticas de fronteira da União Europeia e aumentaram o apoio a grupos de extrema direita anti-UE.
Os chefes de polícia e de órgãos de segurança vêm alertando repetidamente que combatentes do Estado Islâmico querem realizar ataques contra o Reino Unido, um aliado próximo dos Estados Unidos.
Sadiq Khan, o primeiro prefeito muçulmano de Londres e de uma grande capital ocidental, pediu vigilância, e houve um reforço na presença policial na metrópole.
“A segurança de todos os londrinos é a prioridade número um, e me solidarizo com todas as vítimas do incidente na Praça Russell e com seus entes queridos”, disse.
“Peço a todos os londrinos que fiquem calmos e vigilantes. Por favor, relatem qualquer coisa suspeita à polícia. Todos nós temos um papel vital a desempenhar como olhos e ouvidos para a polícia e os serviços de segurança e ajudando a garantir a proteção de Londres”.
Poucas horas antes das agressões na Praça Russell, o chefe de polícia de Londres comunicou que iria posicionar 600 agentes adicionais armados em toda a capital para protegê-la de ataques.