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Agência alemã antidoping pede investigação sobre atletas do Brasil

REUTERS/Nacho Doce

Francisco Radler, diretor do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem.

A Agência Alemã Antidoping (NADA) exigiu neste sábado (6) uma investigação sobre as condições de controle de doping dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos Rio 2016, um dia após a agência internacional, WADA, revelar a ausência de testes dos atletas do país anfitrião nas semanas que precederam a competição.

“A WADA (Agência Mundial AntiDoping) deve verificar as operações de controle no Brasil. Se for demonstrado que os atletas brasileiros não foram controlados antes dos Jogos, deverá haver consequências”, declarou a chefe da NADA, Andrea Gotzmann, no Rio de Janeiro, à agência alemã SID, filial da AFP.

A WADA denunciou na sexta-feira (5) a falta de fiscalização dos atletas brasileiros antes da abertura dos Jogos. A agência enviou uma carta às autoridades brasileiras competentes para “pedir explicações sobre por que os controles foram parados”, indicou Rob Koehler, vice-diretor da WADA, em uma entrevista publicada no jornal britânico The Times.

Suspensão do laboratório brasileiro

Os brasileiros explicaram que não puderam realizar os testes porque a WADA fechou o laboratório antidoping no Rio. Os exames foram suspensos provisoriamente em 24 de junho por questões de conformidade, depois de ter produzido em testes de rotina enviados pela WAMA um resultado positivo de uma amostra negativa.

O mundo do esporte alemão já havia reagido com irritação na sexta-feira à decisão do COI de autorizar uma delegação russa de participar nos Jogos, apesar de um relatório recente comprovando a existência de um sistema de “doping de Estado” na Rússia. A Alemanha é um país muito sensível no que diz respeito doping, especialmente porque vários ex-atletas da ex-RDA, submetidos a um doping de Estado nos anos 1970-80, sofrem atualmente graves problemas de saúde ou tiveram filhos com deficiência.

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