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Eliminada, Joanna ganha afago e diz: ‘Quem decide a hora de parar sou eu’

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Joanna Maranhão após sua eliminatória nos 200 metros medley no Rio

Joanna Maranhão ficou fora da semifinal dos 200 metros medley nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por apenas cinco centésimos: marcou 2:13.06, enquanto a última classificada, Vitkoriia Andreeva, fez 2:13.01 na tarde desta segunda-feira.

 Assim que passava pela zona mista do Estádio Aquático Olímpico, a nadadora recifense recebeu o apoio do marido, o judoca Luciano Corrêa. Eles conversaram por alguns minutos, trocaram um abraço até que ela atendesse os jornalistas.

“Uma dor, né? Você vê o trabalho do dia-a-dia, o esforço, tudo, e ficar fora por pouco… Mas agora é página virada, porque amanhã (terça) tem os 200 metros borboleta. Ela fica triste, não abatida, e a partir do momento em que ela sair da prova, amanhã vai vir muito bem”, disse Luciano, campeão mundial até 100kg em 2007.

Joanna disputa no Rio sua quarta Olimpíada da carreira. E aos 29 anos, negou que pense em se aposentar das piscinas e deixou aberta a possibilidade de tentar uma nova vaga nos Jogos de Tóquio em 2020, quando terá 33.

“Sinceramente me sinto muito jovem. Eu fechei o 400m medley melhor que uma menina dez anos mais jovem. Não estou com um corpo e uma cabeça de uma pessoa de 29 anos. E enquanto eu quiser nadar e acreditar que posso nadar, vou continuar vindo forte, brigando por uma semifinal, pelo meu melhor. Quem decide a hora de parar sou eu”, afirmou a recifense.

“Ainda sou boa, rápida, e acredito que posso ir mais rápido e melhor ainda. Enquanto acreditar nisso, vou estar aí brigando”, garantiu.

Sobre a prova desta segunda, a nadadora admitiu ter errado na parte final.

“Jogos Olímpicos é isso. Quem está na situação que estou, do 16º ao 24º, não pode errar de manhã, não tem margem de erro. Esses cinco centésimos foi um erro, causou com que eu não passasse para as semifinais. Mas eu queria muito, lutei o tempo inteiro, e por lutar tanto que meu crawl não foi muito eficiente, quis sair rodando muito o braço”.

“Faltou um pouco mais de inteligência, de calma nos últimos 15 metros, encaixar. Saí querendo crescer. A galera estava gritando tanto que eu não estava sentindo a prova, não estou cansada, mas faltou um pouco mais de piscina para mim. Não deu. Paciência”, resignou-se Joanna Maranhão.

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