Foi a primeira vez que o Brasil conseguiu classificar uma equipe masculina de ginástica artística para uma edição de Jogos Olímpicos. E essa equipe conquistou uma inédita vaga na final. Na tarde desta segunda-feira, dia 8 de agosto, o Brasil confirmou seu peso no cenário mundial ao terminar a final em sexto lugar, à frente de Alemanha e Ucrânia – e atrás de Japão, Rússia, China, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Um feito celebrado pelos atletas, que agora se preparam para suas próprias finais.
“Os cinco primeiros são potências olímpicas que sempre dividiram pódios, mas a gente está aí, ficou em sexto. A gente sabe que está atrapalhando eles e que se eles derem uma vacilada, a gente está na cola deles. O que nos falta é tempo. A gente está crescendo. Nós nos classificamos em sexto e queríamos manter ou melhorar. Conseguimos manter e estamos bem feliz”, disse Arthur Zanetti, que dia 15 de agosto volta à Arena Rio para tentar o bicampeonato olímpico nas argolas. “Brasil está chegando. E não vai parar por aqui. A gente vai crescer até 2020”, completou Arthur Nory, que no dia 10 vai fazer a final individual geral e no dia 14, a de solo.
Finalista de solo no dia 14, Diego Hypolito também destacou o crescimento da ginástica brasileira. “A competição hoje não era pro Diego, não era pro Zanetti, não era pro Chico, era pro Brasil. E acho que todos foram muito bem. Quando houve falhas, a gente se levantou. Quando houve acertos, a gente se conteve. Estou muito feliz. Porque esse é um trabalho também para o futuro, visando o amadurecimento do nosso esporte. Aqui já foram 11 finais, juntando masculino e feminino. E conseguir ser finalista por equipes e de solo já valeu a Olimpíada para mim. Espero, na minha final de solo, conseguir fazer o que faço no treinamento. Ouro, prata e bronze não é o mais importante. O mais importante é acertar. Se eu acertar, aí jogo a responsabilidade para os outros”, comentou.
Único a competir pelos seis aparelhos na prova por equipes, Sérgio Sasaki tirou boas notas em cinco deles, especialmente no salto sobre a mesa e nas barras paralelas. No solo, uma queda baixou um pouco sua média. “Geralmente quando eu compito por equipes eu me sinto mais nervoso, mais tenso. Porque eu faço seis aparelhos. Não que a minha responsabilidade seja maior, mas a minha cobrança comigo mesmo é maior. Porque eu sei que posso fazer a diferença pro Brasil. Fico triste de não ter dado meu cem por cento no solo, mas feliz por ter ajudado nos outros aparelhos”, declarou o ginasta, que dia 10 disputará o individual geral: “Quero incomodar”, afirmou.
Francisco Barretto, que dia 16 fará a final da barra fixa, lembrou que está vivendo duas alegrias ao mesmo tempo: a boa participação nos Jogos e a expectativa pelo nascimento do primeiro filho, já que sua mulher está grávida de três meses. “Eu acho que isso me deu uma força a mais nesses Jogos”, disse o ginasta.
Na tarde desta terça-feira, 9 de agosto, será a vez das meninas do Brasil disputarem a competição por equipes, a partir das 16h. Promessa de muita graça e leveza de movimentos.