Projeto-piloto busca garantir capacidades afetivas e cognitivas para crianças de 0 a 6 anos em situação de risco social no Estado
O desenvolvimento de uma geração de alagoanos plenamente preparados para a vida em sociedade e para o futuro é a missão primordial da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), de acordo com o titular da pasta, Antônio Pinaud. Nesta terça-feira (9), o secretário concedeu entrevista ao radialista Rogério Costa, no programa Ministério do Povo, da Rádio Gazeta, sobre as medidas adotadas pelo Governo do Estado na ampliação da rede de proteção social para a primeira infância em Alagoas.
Na conversa, o secretário destacou a instalação, no final de julho, do projeto-piloto da Primeira Infância, no município de Murici, que abrange ações intersetoriais nas áreas de Assistência Social, Saúde e Educação. O programa é articulado por um Comitê Estratégico integrado pelos secretários Antônio Pinaud, Rosângela Wyszomirska, da Saúde, e Luciano Barbosa, da Educação, coordenado pela primeira-dama Renata Calheiros.
“Esse é uma iniciativa fundamental para que possamos acabar com a fábrica de alagoanos com comprometimento cognitivo e sem vínculos afetivos. É um projeto montado com extremo cuidado que vai resgatar as famílias com crianças de até 6 anos de idade com a convergência de ações nesses três setores, fortalecendo o papel dessas famílias na formação das crianças e oferecendo o suporte necessário em nutrição, acompanhamento médico e educacional”, explicou Antônio Pinaud.
Segundo o secretário, o projeto-piloto em Murici deverá ser executado pelo período de um ano, até agosto de 2017, servindo de laboratório antes de ser levado a outros municípios alagoanos com baixos índices de desenvolvimento infantil. A cidade de Murici foi indicada para servir de base para o projeto-piloto por estar localizada na Região Metropolitana e apresentar dados favoráveis, como a cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF).
Por outro lado, 50% das crianças de Murici menores de 2 anos apresentam algum grau de desnutrição. Entre 2 e 6 anos, a prevalência da desnutrição é de 32,07%. No total, o município tem cerca de 3.800 crianças que se encaixam no perfil do programa.
No último Censo do IBGE foram identificadas mais de 380 mil crianças na faixa de 0 a 6 anos em Alagoas, sendo 61% em famílias cadastradas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), 59% em famílias cadastradas no CadÚnico e com renda de até um salário mínimo, e 52% em famílias que recebem o Bolsa Família.
“Qualquer Governo comprometido com o futuro devem se preocupar com a primeira infância. Alagoas está trabalhando no sentido de garantir o desenvolvimento pleno de suas crianças para podermos, em breve, colher os frutos dessa geração”, reforçou Pinaud.