O dólar fechou em alta nesta terça-feira (16), após passar o dia todo em queda após dados fracos sobre a inflação nos Estados Unidos, ainda que o recuo fosse limitado por declarações do presidente do Federal Reserve (banco central norte-americano) de Nova York, William Dudley, afirmando que o banco central norte-americano pode elevar os juros no mês que vem.
A moeda norte-americana subiu 0,17%, vendida a R$ 3,194. O dólar chegou a R$ 3,1561 na mínima do dia, de acordo com a Reuters. No mês, o dólar acumula queda de 1,51% e no ano, de 19,1%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,7%, a R$ 3,1643
Às 10h, queda de 0,63%, a R$ 3,1684
Às 10h20, queda de 0,45%, a R$ 3,1741
Às 11h20, queda de 0,33%, a R$ 3,1779
Às 12, queda de 0,1%, a R$ 3,1561
Às 12h40, queda de 0,28%, a R$ 3,1796
Às 13h59, queda de 0,30% a 3,1787
Às 14h37, queda de 0,32% a 3,1780
Às 15h43, queda de 0,19% a 3,1824
Às 16h40, queda de 0,06%, a R$ 3,1865
Cenário externo
“O dólar começou o dia em baixa seguindo o exterior, mas voltou um pouco com os comentários do Dudley”, disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, à Reuters.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos ficaram estáveis em julho, enquanto o núcleo da inflação desacelerou a alta. Os números poderiam alimentar apostas de que os juros norte-americanos não subiriam neste ano, ajudando a reduzir as cotações do dólar em relação a moedas emergentes.
Mas essas expectativas perderam força após as declarações de Dudley, que citou o mercado de trabalho mais apertado e evidências de ganhos nos salários.
Interferência do BC
No cenário local, investidores continuavam aguardando mais pistas sobre a estratégia cambial do Banco Central, segundo a Reuters.
Declarações do presidente interino Michel Temer demonstrando preocupação com a recente queda do dólar pressionaram o câmbio nas últimas sessões, mas o movimento perdeu um pouco de força após o presidente do BC, Ilan Goldfajn, defender o regime de câmbio flutuante.
“Acho provável que o mercado volte a testar o BC, puxar o dólar para perto dos R$ 3,10 para ver se há alguma reação”, disse o operador de uma corretora nacional.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente a oferta total de até 15 mil swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares. O BC reagiu na véspera aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, de 10 mil para 15 mil.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de US$ 50 bilhões. No ano passado, esse estoque girou acima de US$ 100 bilhões.