Uma pesquisa realizada pelo International Policy Center for Inclusive Growth (IPC-IG), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (SEMED), constatou que Maceió conseguiu reduzir a taxa de analfabetismo da capital nos últimos anos.
De acordo com o estudo, no final de 2015, a incidência de pessoas que não sabiam ler e escrever na capital caiu para 8,3% da população jovem e adulta, contra 11,4% registrado em 2010, com isso, Maceió passou de cerca de 80 mil analfabetos em 2010, para 66 mil no último trimestre de 2015. Neste período, pelo menos 14 mil jovens a partir de 15 anos e adultos foram alfabetizados e deixaram a dura estatística da falta de letramento.
Com a redução, a capital passa a alcançar um índice de analfabetismo bem próximo da media nacional, que é de 7,8%. Situação bem diferente, quando comparada com a taxa de Alagoas, que continua a maior do País, com 20,8% da população em 2015.
O coordenador do estudo, o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do IPC-IG, Rafael Ozório, atribui os números ao investimento em Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a alfabetização na infância. Segundo ele, anuladas as questões demográficas (como a morte de adultos iletrados e a migração de pessoas do interior para a capital), é possível verificar que a redução significativa do analfabetismo em Maceió deve-se a inclusão na educação pública municipal.
“Analisando os números da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar/IBGE), verifica-se que a população analfabeta em Maceió está menor e mais velha, o que indica ter havido sim maior efetivação da alfabetização de crianças e também uma política de alfabetização dos jovens e adultos até certa idade”, analisa Rafael Ozório.
Para o pesquisador, os dados consolidados no último trimestre de 2015 mostram que, em Maceió, a alfabetização no tempo adequado não é considerada mais um problema. “Maceió está conseguindo alfabetizar crianças. Um indicativo disso é a elevação do IDEB [Índice de Educação Básica], que saiu de 3,8 entre 2009 e 2011, para 4,1 em 2013”, ressaltou o pesquisador, destacando que o aumento da população analfabeta se dá por dois motivos: a entrada de novos jovens não alfabetizados e a migração demográfica das cidades do interior.
Secom Maceió