O senador Wellington Fagundes (PR-MT), de 59 anos, foi internado na noite deste sábado (27) depois de se sentir mal durante a sessão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo a assessoria de imprensa do senador, Fagundes acompanhava a oitiva de testemunha de defesa quando começou a sentir dores. Ele foi atendido pelo serviço médico do Senado Federal e encaminhado para o Hospital de Brasília.
De acordo com a assessoria do parlamentar, Fagundes foi submetido a um exame de tomografia computadorizada e outros exames complementares. O senador foi diagnosticado com diverticulite, que é uma inflamação caracterizada principalmente por bolsas e quistos pequenos e salientes da parede interna do intestino.
Fagundes continuava internado até a manhã deste domingo (28), conforme a assessoria. O quadro de saúde do senador é considerado estável. Ele está sob medicação e não tem previsão de alta médica. Um novo boletim médico deve ser divulgado ainda neste domingo pela equipe do hospital. Não há previsão de cirurgia.
A princípio, a assessoria descartou que o senador se ausente na sessão de votação do processo de impeachment.
No começo deste mês, durante a análise da comissão especial do impeachment, o senador votou a favor do afastamento da presidente.
Processo de impeachment
Está previsto que na segunda-feira (29) a presidente afastada irá pessoalmente ao Senado apresentar sua defesa e participar do julgamento. Pelo rito estabelecido, Dilma terá direito a uma manifestação inicial de 30 minutos antes de ser interrogada.
Nos dias de julgamento, os trabalhos começarão às 9h e não têm previsão de término (a depender do consenso dos senadores), com intervalos de 30 a 60 minutos a cada quatro horas.
Enquanto não forem ouvidas, as testemunhas ficarão isoladas em quartos de hotéis em Brasília.
Depois da participação de Dilma, acusação e defesa terão uma hora e meia para debater o processo. Serão permitidas ainda réplica e tréplica de uma hora. Se a acusação não utilizar a réplica, não haverá tempo para a tréplica da defesa.
Depois disso, senadores inscritos também poderão se manifestar sobre o processo. Cada um terá dez minutos. A lista de inscrição só poderá ser preenchida antes da discussão. Encerrada a discussão entre senadores, Lewandowski lerá um resumo do processo, com as fundamentações da acusação e da defesa.
Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada um para encaminhamento de votação.
A votação será nominal, via painel eletrônico. Depois o resultado será proclamado.
Se ao menos 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será definitivamente afastada da Presidência e ficará inelegível por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato.
Se o placar de 54 votos favoráveis ao impedimento não for atingido, o processo será arquivado e Dilma reassumirá a Presidência da República.